El conflicto interno peruano (1980-2000) finalizó hace más de dos décadas; no obstante, perduran en la sociedad actual secuelas que víctimas y agentes activos involucrados en la guerra han plasmado en el discurso literario. En este artículo se estudiará el modo de configuración discursiva del espacio en relación con la violencia en Persona (2017) del autor peruano José Carlos Agüero, quien es hijo de senderistas asesinados por las fuerzas armadas peruanas, historiador, poeta y activista de Derechos Humanos. En sus textos pueden observarse trazos espaciales que señalan no solo los lugares donde vivieron, lucharon y murieron sus padres sino también una zona donde se construye su identidad desde la escritura. Se trabajarán las dimensiones de la memoria (Todorov, 2000; LaCapra, 2001; Jelin, 2002) para problematizar el espacio de constitución de la subjetividad de las víctimas durante el postconflicto.Although Peru’s internal conflict (1980-2000) concluded some two decades ago, cultural and ideological sequels remain, as can be observed in different samples of literary discourse by victims and agents involved in the war. In this article, we study in Persona (2017), by Peruvian writer José Carlos Agüero, the discursive configuration of Andean space as it concerns violence. The author is son of “senderistas” killed by Peruvian Army, historian, poet, and a Human Rights activist. In his texts, spatial strokes indicate not only the places where his parents lived, fought and died, but also the place where his identity is built through writing. The dimensions of memory (Todorov, 2000; LaCapra, 2001; Jelin, 2002) are reviewed in order to problematize the space in which victims’ subjectivity is constructed during the post-conflict.O conflito interno peruano (1980-2000) terminou há mais de duas décadas; no entanto, perduram no interior da sociedade sequelas culturais e ideológicas que as vítimas e os participantes envolvidos na guerra plasmaram no discurso literário. Neste artigo, será analisado o modo de configuração discursiva do espaço andino em relação à violência em Persona (2017), de José Carlos Agüero, historiador peruano, poeta e ativista dos direitos humanos, filho de “senderistas” desaparecidos. Em seus textos é possível identificar certos traços que indicam não apenas os lugares nos quais seus pais moraram, lutaram e morreram, mas também um espaço no qual sua identidade é construída a partir da escrita. Através da análise deste livro, serão trabalhadas as dimensões da memória para problematizar o espaço na constituição da subjetividade das vítimas durante o pós-conflito (Todorov, 2000; LaCapra, 2001; Jelin, 2002).