Libro
Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil
Fecha
2008Registro en:
978-85-7139-854-2
978-85-7139-896-2
978-85-6054-843-9
Autor
Pessanha Neves, Delma
Moraes e Silva, Maria Aparecida de
Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA)
Resumen
V 1: Esta coletânea enfatiza a importância do trabalho familiar, destacando seus princípios de organização e valores. Os textos contribuem para o reconhecimento e a caracterização de formas de imobilização da força de trabalho que, na vigência da estratégia de dominação instituída na plantation ou no sistema de fazendas agroextrativistas e exportadoras, levam à reprodução de tuteladas condições camponesas de existência. A obra estuda como o campesinato é constituído pela incessante busca de correspondência entre duas forças: o desejo familiar, calcado no imaginário coletivo que celebra o porvir de sociedades ou modos de vida mais justos, e o éthos do trabalhador, que legitima o intenso esforço despendido, mesmo que, muitas vezes, transfira para o céu a recompensa que nem sempre na terra foi reconhecida e respeitada. V. 2: Em complementaridade às reflexões quanto aos processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil, apresentadas no volume I e incidentes sobre formas tuteladas, neste volume II analisamos formas dirigidas de constituição de segmentos camponeses, isto é, correspondentes a processos de criação de condições para a ocupação populacional do território brasileiro, para a expansão de fronteiras produtivas e para objetivações da presença institucional do Estado. Reafirmamos, assim, a diversidade de situações sociais e históricas em que se expressa a organização produtiva de famílias sob o reconhecimento de formas camponesas, analisando casos de imigração de europeus e de concorrência e reconhecimento social de trabalhadores nacionais, abarcando, para este último caso, não só as colônias constituídas no bojo da Marcha para o Oeste, como também o conseqüente padrão de formação do patrimônio residencial e produtivo pela posse de lotes em terras devolutas ou, conforme representação dos posseiros, “sem dono”.