info:eu-repo/semantics/article
Physical-chemistry preparation of a submerse skeleton found in the Poço Azul Cave, Bahia.
Preparação físico-química de esqueleto submerso encontrado na Caverna Poço Azul, Bahia
Registro en:
10.20396/td.v12i3.8647894
Autor
Vasconcelos, André Gomide
Santos, Luciano Vilaboim
Kraemer, Bruno Machado
Institución
Resumen
Fossil preparation is a detailed task, where any incorrect procedure can irreparably damage the piece. Some Brazilian authors developed a technique of preparation that separates the skeleton remains from the rock that surrounds them. Most studies of paleovertebrate fossil preparation, for example, are concentrated on the preparation of ichthyolites, therefore, it is necessary to develop more proprietary methods for the other groups of paleovertebrates. The material of this study was discovered submerged in a cavern, in Poço Azul do Milú, Bahia, Brazil. Among this material, a skeleton of a giant sloth, Eremotherium laurillardi (Lund, 1842), was found. This work consists of a description of the preparation of the above material. The first phase entailed cleaning and stabilizing the fossil with two baths of polyvinyl acetate dissolved in water. After this immersion, the fossils were to dry, so the water could evaporate and the composition harden in the pieces. The second phase was a restoration of the dislocated pieces. For this, polyvinyl acetate and cyanoacrylate glue, plaster of Paris and dentistry instruments were used. Because of the weight, rigidity and fragility of the material, the plaster was substituted for polyurethane to make the fossil accommodation beds. With the pieces stabilized, restored and accommodated, they could be more safely handled. Since the fossilization process occurred in a water setting, while still alive, the fossil material is well preserved and exhibits details of the morphology, which is not the case of other fossils of E. laurillardi, all found in dry settings, and suffering from interference of the karstic environment. A preparação de fósseis é uma tarefa minuciosa, visto que qualquer procedimento incorreto pode causar danos irremediáveis às peças. Alguns autores brasileiros desenvolveram técnicas de preparação que permitem separar os restos esqueletais da rocha que os envolvem. Grande parte dos trabalhos no preparo de fósseis de paleovertebrados, por exemplo, concentram sua tônica no preparo de ictiólitos, assim é preciso desenvolver metodologias próprias para os outros grupos de paleovertebrados. O material deste estudo foi descoberto submerso na caverna Poço Azul do Milú, Bahia. Dentre o material, foi encontrado um esqueleto de preguiça-gigante, Eremotherium laurillardi (Lund, 1842). Tal pesquisa consiste na descrição de uma metodologia de preparação do material supracitado. A fase inicial deu-se com limpeza e estabilização do fóssil, que passou por dois banhos de acetato de polivinila, diluído em água. Após a secagem do material, iniciou-se a restauração das peças desarticuladas. Para isso foi utilizado acetato de polivinila, adesivo de cianoacrilato, gesso e estilete. Devido a seu peso e por ser um material mais fácil de partir-se, o gesso foi substituído pelo poliuretano para a confecção das camas de acomodação. Com as peças preparadas e acomodadas foi possível manuseá-las com maior segurança. Visto que o processo de fossilização do mesmo se deu em ambiente aquático ainda em atividade, o material fóssil apresenta-se melhor preservado em seus detalhes morfológicos. O que foge ao padrão dos achados de Eremotherium laurillardi, todos encontrados em ambientes já secos, sofrendo assim interferência maior do meio cárstico.