info:eu-repo/semantics/article
Chemical composition of rainwater in Rio Claro, SP
Composição química da água de chuva em Rio Claro (SP)
Registro en:
10.5935/0100-929X.20160008
Autor
Santos, Vinícius dos
Gastmans, Didier
Institución
Resumen
The municipality of Monte Azul Paulista is supplied exclusively by groundwater, mainly from the Adamantina Aquifer, captured by more than one hundred wells. In recent years high nitrate concentrations have prohibited the use of some of these wells for public water supply. In the central urban core a strategically deep tubular well drilled to supply the water deficit has allowed a conceptual hydrogeologic model based on the interpretation and integration of hydrochemical, geophysical and hydrogeological results to be tested. This model indicated two distinct potentiometric levels: one in a shallow aquifer from the surface to 40 m and the other in a deep aquifer between 80 and 152 m, separated by a clayey layer 40 m thick. Groundwater may be classified in two types: 62% is bicarbonate calcic (Ca-Na-CO3, Ca-HCO3) water, and 38% is chlorinated calcic (Cl-Ca-HCO3) water, as per the Piper diagram. The class of the dominant calcium bicarbonate hydrochemical type is compatible with and strengthens regional findings by other researchers over more than two decades. On the other hand, the chlorinated calcic waters are related to waters that have experienced human intervention with the presence of the dopant nitrate. Although nitrate comes from surface sources, it is already distributed in the deep aquifer. This observation is also supported by hydrochemical modelling showing the occurrence of mixed polluted and natural waters in different proportions with chlorinated calcic characteristics. The presence of interdigitated clay layers decreases the possibility of contamination with nitrate by vertical flow into the deeper portions. On the other hand, an excess of wells and their poor construction comprise a potential source of contamination. O presente trabalho avaliou a composição química da água de chuva na cidade de Rio Claro (SP), a partir de amostras compostas semanais. A coleta dessas amostras foi realizada entre os meses de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014 nas dependências do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da UNESP/Rio Claro. A avaliação dos dados incluiu a análise estatística das concentrações dos cátions e ânions, por meio da elaboração da matriz de correlação de Pearson, análise de componentes principais e da média ponderada pelo volume da precipitação. O modelo de transporte de partículas na atmosfera HYSPLIT foi aplicado com o objetivo de identificar as principais trajetórias de massas de ar para as chuvas que atingiram a região de Rio Claro no período e a possível interação da superfície dessa área com a atmosfera. Os resultados indicam que a água de chuva pode ser classificada como levemente ácida (pH entre 4,75 e 6,81) e com baixa condutividade elétrica, dentro dos valores esperados para águas de chuvas (entre 4,12 e 29,30 μS cm-1). A sua composição química deve-se à incorporação de elementos provenientes de duas fontes: natural e antropogênica. O HCO3 - presente na água de chuva tem origem no CO2 atmosférico, associado à respiração vegetal e às emissões industriais e veiculares. Os íons Ca2+, Mg2+, Mn2+ e K+ tem sua origem diretamente relacionada às rochas e solos da região, emitidos principalmente devido às atividades do polo cerâmico existente no entorno da cidade de Rio Claro, enquanto os compostos NH4+, NO3- e Pb2+ podem ser associados a emissões industriais e veiculares. Apesar da origem múltipla dos elementos presentes na água da chuva, compostos associados a fontes naturais representam cerca de 40% de sua composição.