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Phosphatic strata from Ponta Grossa Formation in Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brazil: palaeoenvironmental implications
Ocorrência de intercalação de rocha fosfática na Formação Ponta Grossa em Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul: implicações paleoambientais
Registro en:
10.11606/issn.2316-9095.v18-396
Autor
Montibeller, Cibele Carolina
Zanardo, Antenor
Navarro, Guillermo Rafael Beltran
Institución
Resumen
Amongst rocks of the Ponta Grossa Formation cropping out in Rio Verde de Mato Grosso, there are levels consisting predominantly of apatite, without fossil traces, which occur as layers hosted in gray to black shales. Petrographically, this phosphatic level has subtly layered structure and no features indicative of algae, fossil remains or organic structures. It has P2O5 content varying between 12.96 and 23.35%, CaO ranging between 19.85 and 33.04%, and high concentration of rare earth elements (REE) when compared to the average content of the upper continental crust. This occurrence exhibits no evidence of biogenic action, which is confirmed by electron microscopy, yet it contains relicts of oxy-hydroxides, predominantly of iron, with small amount of manganese, suggesting origin from phosphate desorption due to the redox behavior of these oxy-hydroxides. If these phosphorites were not subject to external supply of iron oxy-hydroxides due to proximity to the coast, deltaic environments or hydrothermal and/or volcanic contributions, then the phosphatic levels of Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, probably formed on a shallow marine platform at depths between 200 and 300 m, in cold, low salinity and preferably anoxic water, subject to upwelling. Entre as rochas da Formação Ponta Grossa, aflorantes no município de Rio Verde de Mato Grosso, é registrada a presença de camadas constituídas predominantemente por apatita, não fossilíferas, que ocorrem como estratos destacados intercalados em folhelhos cinzas-escuros a pretos. Petrograficamente, essa rocha fosfática apresenta estrutura sutilmente laminada e não são observadas feições indicativas de algas, restos fósseis ou de estruturas orgânicas. Possui teores de P2O5 variando entre 12,96 e 23,35%, teores de CaO variando entre 19,85 e 33,04%, e possui alta concentração de elementos terras raras (ETR) em relação à média da crosta continental superior. Essa ocorrência não possui evidências de ação biogênica — o que é confirmado pela microscopia eletrônica — e possui relictos de oxi-hidróxidos, preferencialmente de ferro, com pequena quantidade de manganês, sugerindo origem pela dessorção de fosfato por comportamento redox a partir desses relictos. As condições de formação dessas fosforitas — se não condicionadas a aporte externo de oxi-hidróxidos de ferro pela proximidade da costa, por ambientes deltaicos ou por contribuições hidrotermais e/ou vulcânicas — colocam as camadas fosfáticas de Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em condições de ambiente marinho plataformal raso, com profundidade entre 200 e 300 m, de águas frias e com baixa salinidade, preferencialmente anóxico, e suscetível a estabelecimento de zona de ressurgência.