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Conchostracans as evidence of Jurassic levels in the Caturrita Formation, Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul, Brazil
Conchostráceos como evidência de níveis jurássicos na Formação Caturrita, Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul, Brasil
Registro en:
10.5327/Z1519-874X201400010001
Autor
Rohn, Rosemarie
Dutra, Tânia Lidner
Cabral, Marcus Vinicius Bonafé
Institución
Resumen
This paper focus on the first conchostracans (Crustacea, Spinicaudata) found at the São Luís outcrop (Caturrita Formation, Rosário do Sul Group), in Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul State, Brazil (29º 33' 29.09"S, 53º 26' 54"W). Fossil vertebrates and plants identified at this outcrop suggest conflicting ages, respectively Late Triassic and Early Jurassic. Dinosaur tracks recently found at the upper part of the outcrop enhance these age problems. In this way, the conchostracans constitute important additional elements in this discussion. Some specimens share many characteristics with Carapacestheria disgregaris (Tasch) Shen (Eosestheriidae) of the Ferrar Group, Lower-Mid Jurassic of the Transantartic Mountains. But differences in the ornamentation details led to the proposal of a new genus and a new species, Nothocarapacestheria soturnensis, and to the interpretation of a close phylogenetic relationship with the Antarctic species. Other samples in this assemblage are similar to Australestheria corneti (Marliére) Chen (Fushunograptidae) of the Middle Jurassic from Zaire. Together, these conchostracans substantiate a Jurassic age and corroborate the data of the Bennettitales flora found at the same levels in the outcrop. However, the Late Triassic age indicated by the tetrapods cannot be discarded according to their lower stratigraphic position in São Luís outcrop. In the same way, the present chronostratigraphic discussion does not apply to the other occurrences of the Caturrita Formation, especially because the correlations between outcrops are extremely difficult, both by the lack of paleontological support and by the numerous faultings during the Mesozoic sedimentation in the southern part of the Paraná Basin. Este trabalho enfoca os primeiros conchostráceos (Crustacea, Spinicaudata) encontrados no afloramento São Luís (Formação Caturrita, Grupo Rosário do Sul), em Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul (29º 33' 29,09"S, 53º 26' 54"W). Vertebrados e vegetais fósseis identificados no mesmo afloramento sugerem idades conflitantes, respectivamente, final do Triássico e início do Jurássico. Pistas de dinossauros recentemente descobertas na parte superior do afloramento acirram a polêmica. Deste modo, os conchostráceos constituem importantes elementos adicionais nesta discussão. Alguns compartilham muitos caracteres com Carapacestheria disgregaris (Tasch) Shen (Eosestheriidae) do Grupo Ferrar, Jurássico Inferior-Médio das Montanhas Transantárticas. Contudo, diferenças em detalhes da ornamentação levaram à proposta de um novo gênero e de uma nova espécie, Nothocarapacestheria soturnensis, e à interpretação de uma relação filogenética próxima à espécie antártica. Outros exemplares da assembleia guardam semelhança com Australestheria corneti (Marliére) Chen (Fushunograptidae) do Jurássico Médio do Zaire. Em conjunto, os conchostráceos apoiam a idade jurássica e corroboram os dados da flora de Bennettitales registrada nos mesmos níveis do afloramento. Por outro lado, a idade triássica apontada pelos tetrápodos não pode ser descartada por sua própria posição estratigráfica mais inferior no afloramento São Luís. Do mesmo modo, a presente discussão cronoestratigráfica não diz respeito às outras ocorrências da Formação Caturrita, especialmente porque há dificuldades nas correlações, tanto pela falta de suporte paleontológico, como pelos inúmeros falhamentos durante a sedimentação mesozoica na parte sul da Bacia do Paraná.