info:eu-repo/semantics/article
Stratigraphic analysis of Brejo Santo Formation, Araripe Basin, Northeast Brazil: paleogeographic implications
Análise estratigráfica da Formação Brejo Santo, Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil: implicações paleogeográficas
Registro en:
10.5327/Z1519-874X201300040001
Autor
Fambrini, Gelson Luís
Neumann, Virginio Henrique de Miranda Lopes
Barros, Cecilia Lima de
Silva, Sonia Maria Oliveira Agostinho da
Galm, Paulo Cesar
Menezes Filho, José Acioli Bezerra de
Institución
Resumen
The Araripe Basin has been the subject of several publications in the recent years, notably with respect to the rich paleontological collection of Brejo Santo, Crato and Romualdo Formations. However, papers detailing stratigraphic aspects of Brejo Santo Formation are scarce. The formation (Mesozoic era - Dom João Stage) is represented by a predominantly pelithic succession (up to 450 m thick) outcropping in eastern portion of the basin. The Brejo Santo Formation unconformably overlies the Cariri Formation, presumably of Paleozoic age, and makes gradational contact with the overlying Missão Velha Formation. It consists of pelithes, such as massive to laminated reddish-brown chalks and calciferous shales with decimetric intercalations of white to greenish-grey siltstones and centimetric layers of reddish mottled, speckled and striped shales, with calcareous nodules, and subordinately, muddy limestones and highly fossiliferous calciferous sandstones and fine sandstones with planar cross-stratifications. The measured paleocurrents have a consistent dispersion pattern for SE, SW and S, suggesting the installation of an open wide basin toward the south. The facies and facies associations described were interpreted as generated by (i) lake systems in which periodically the level of the lakes and/or ponds suffered sudden variations, causing changes in coloration related to seasonal fluctuations in the level of the lake (periods of subaerial exposure) and (ii) ephemeral river systems which fed these lakes. The widespread occurrence of fossil organisms, such as non-marine ostracods and conchostracheans suggest that the sediments of Brejo Santo Formation were possibly deposited in lacustrine-fluviatile systems favorable to the formation of red beds layers, under hot climatic conditions with well-defined dry seasons, corroborating the depositional system interpretation. A Bacia do Araripe tem sido objeto de várias publicações nos últimos anos, notadamente a respeito do rico acervo paleontológico das formações Brejo Santo, Crato e Romualdo. Entretanto, trabalhos que abordem em detalhe a Formação Brejo Santo, do ponto de vista estratigráfico, são escassos. A Formação Brejo Santo, de idade mesozoica (Andar Dom João), é representada por espessa sucessão (até 450 m) predominantemente pelítica aflorante na porção leste da bacia. A Formação Brejo Santo repousa discordantemente sobre a Formação Cariri, de idade presumivelmente paleozoica, e faz contato gradacional com a sobrejacente Formação Missão Velha. Constitui-se de pelitos, tais como argilitos e folhelhos calcíferos -castanho-avermelhados, maciços a laminados, com intercalações decimétricas de siltitos argilosos cinza-esbranquiçados a esverdeados e camadas centimétricas de folhelhos avermelhados mosqueados com nódulos calcários e, subordinadamente, arenitos finos calcíferos, abundantemente fossilíferos, e arenitos finos brancos com estratificação cruzada tabular. Paleocorrentes medidas possuem padrão de dispersão consistente para SE, SW e S, coerente com a instalação de ampla bacia aberta nesta direção. As fácies e associações de fácies descritas foram interpretadas como geradas por (i) sistemas lacustres nos quais periodicamente o nível dos lagos e/ou lagoas sofriam variações bruscas, cujas variações de coloração acham-se relacionadas às sazonalidades do nível do lago (períodos de exposição subaérea) e por (ii) sistemas fluviais efêmeros que alimentavam esses lagos. A ocorrência disseminada de organismos fósseis, tais como ostracodes não marinhos e conchostráceos, sugere que os sedimentos da Formação Brejo Santo teriam sido depositados em sistemas lacustres favoráveis à formação de camadas de red beds sob condições climáticas quentes e de estação seca bem definida, corroborando a interpretação deposicional.