info:eu-repo/semantics/article
Petrologia do Maciço alcalino de Itapirapuã, SP
Autor
Gomes, Celso B
Institución
Resumen
The alkaline rock complex of Itapirapua covers an area of approximately 4 km², with irregular shape, and elongated NW-SE. It was intruded in a large body of granitic rocks. The alkaline intrusion consists exclusively of undersatured rocks, predominantly nepheline syenites with variable amounts of titaniferous garnet (melanite). Basic alkaline varieties are less abundant and are represented by biotite melteigite and melanite malignité. Wollastonite-melanite-nepheline syenite, pulaskite and cancrinite mariupolite were also formed and correspond to pétrographie varieties enriched, respectively, in calcium, potassium and sodium. Tinguaites, which probably occur in small vertical dikes, cut the alkaline as well as the surrounding granitic rocks. Irregular carbonatite veins clearly intersect the nepheline syenites in the central part of the complex. In the southern part of the alkaline body a magmatic breccia forms an outcrop of only a few square meters, consisting mainly of nepheline syenites. A funnel shaped ore body composed of idiomorphic granular magnetite is being exploited near the southern margin of the alkaline complex. The main felsic mineral constituents of the alkaline rocks are nepheline, with its alteration products cancrinite, sodalite and a mineral aggregate, and perthitic orthoclase. The ferromagnesian minerals are represented principally by pyroxenes (soda-augite, aegirine-augite and aegirine) as well as melanite. The crystallization sequence of the pyroxenes, as suggested by optical and chemical data, was: soda-augite → aegirine-augite → aegirine. The more common accessories are magnetite, titanite and apatite. Accidental minerals are biotite, wollastonite, pectolite, fluorite, eucolite, pyrite, pyrrhotite, calcite, and minerals A and B. Calcite and zeolites occur as alteration products. The chemical composition of the alkaline rocks from Itapirapua is characterized by the lack of silica and magnesium, high content of calcium, alkalies and volatile constituents, as well as notable concentrations of V, Nb, Y, Cu and Ba. An analysis of the different variation diagrams seems to indicate that fractional crystallization was the prevailing rock forming process at Itapirapua. In a general way the curves show a trend that would be expected to correspond to the fractionation of a basaltic magma. However, assimilation of limestone and sialic crustal material, as well as metasomatic processes and the action of volatiles also may have taken place. Mineralogical and chemical evidences indicate that the contact zone of the enclosing granitic rocks was subjected to fenitization processes. The alkaline rock intrusion of Itapirapua shows similarities to the Brazilian occurrences of Jacupiranga, Serrote and Anitapolis. Iron Hill and Magnet Cove in the USA and Ivaara, Finland, also have many mineralogical and petrographical features in common with Itapirapuã. O maciço alcalino de Itapirapuã, de forma irregular e alongada para NW, ocupa área aproximada de 4 km² e encontra-se inteiramente encaixado em extensa massa de composição granítica. Do ponto de vista petrográfico, compõe-se ele exclusivamente de rochas insaturadas, predominando nefelina sienitos, portadores ou não de granada titanífera (variedade melanita), sobre as demais variedades litoógicas. Alcalinas básicas, representadas por biotita melteigito e melanita malignito, formam, juntamente com wollastonita-melanita-nefelina sienito, pulaskito e cancrinita mariupolito (termos petrográficos enriquecidos, respectivamente, em cálcio, potássio e sódio), as rochas de menor distribuição geográfica dentro da província. Tinguaítos, ocorrendo provavelmente como pequenos diques verticais, são encontrados no interior e fora do maciço, enquanto que veios irregulares de carbonataos, cortando nitidamente as rochas nefelínicas, foram assinalados na sua parte central. Cobrindo área de alguns metros quadrados, afora na região sul do maciço alcalino uma zona de brecha magmática, associada principalmente a nefelina sienitos. Um corpo de magnetita granular e idiomórfica, tendo em profundidade a forma de um funil, está presente na extremidade meridional da intrusão e vem sendo explorado comercialmente por parte da Companhia de Cimento Portland Maringá de Itapeva. Quanto à composição mineralógica, verifica-se que nefelina (e produtos de alteração) e ortoclásio pertítico são os principais minerais félsicos das rochas do maciço, enquanto que piroxênios (soda-augita, egirina-augita e egirina) constituem, ao lado da melanita, os ferromagesianos mais importantes. Como acessórios mais comuns foram reconhecidos: magnetita, titanita e apatita. As principais características químicas das rochas de Itapirapuã consistem na pobreza em sílica e magnésio, abundância em cálcio, álcalis e voláteis e concentrações elevadas em V, Nb, Y, Cu e Ba. A análise dos diversos diagramas de variação química parece apontar a cristalização fracionada como o fator preponderante na formação das rochas alcalinas de Itapirapuã. Os traçados das diferentes curvas obtidas correspondem, em linhas gerais, aos que dever-se iam esperar do processo de cristalização fracionada de um magma de composição basáltica. Processos envolvendo assimilação de calcário e material crostal silico, metassomatose e ação de voláteis parecem também ter contribuído para a gênese dessas rochas. Evidências mineralógicas e químicas são indicativas de que a encaixante granítica foi afetada, na zona de contato com o corpo alcalino, por processos de fenitização. Uma primeira análise comparativa aponta Jacupiranga, Serrote e Anitápolis, dentre as nacionais, e Iron Hill e Magne: Cove, ambas nos Estados Unidos da América, e Iivaara, na Finlândia, dentre as estrangeiras, como as províncias alcalinas que mais se assemelham mineralógica e petrográficamente à de Itapirapuã.