Arquitetura e a Ressignificação do Lixo: espaços de reciclagem e educação ambiental no Morro do Horácio

Abstract

Todo ciclo de vida consiste em nascimento e morte. A hipótese de GAIA considera o planeta Terra como um organismo vivo que se autorregula, onde todos os seus sistemas são integrados. A partir dessa teoria, conclui-se que o planeta terra possui um ciclo fechado, ou seja, não apresentando trocas de matéria com o meio envolvente, e sim transformações de matéria em processos cíclicos e constantes. A grande quantidade de lixo gerada diariamente é fruto de ciclos abertos, em que as cidades consomem recursos e emitem resíduos. Diante de um contexto urbano e social que marginaliza o lixo, a cidade de Florianópolis apropria-se do conceito “cidade Lixo Zero”, contudo ainda carece de ações concretas e efetivas para melhorar a gestão do lixo.A arquitetura se enquadra como uma atividade geradora de lixo a partir do momento em que se torna um objeto de consumo. Para tanto, é necessário trazer a discussão para a maneira como ela está sendo pensada, tomando a sustentabilidade como premissa básica e observando suas aplicabilidades. Este trabalho traz soluções aos ciclos abertos dos materiais na cidade e na arquitetura. É proposto um cenário de aprimoramento da logística do encaminhamento do lixo na cidade. Aproximando o olhar para o Morro do Horácio, é projetado um equipamento de bairro que pretende desenvolver a reciclagem (retorno ao ciclo) em paralelo com a educação ambiental.