dc.contributorCoelho, Elza Berger Salema
dc.contributorBolsoni, Carolina Carvalho
dc.creatorPlatt, Vanessa Borges
dc.date.accessioned2021-04-12T18:35:36Z
dc.date.accessioned2022-12-13T19:00:41Z
dc.date.available2021-04-12T18:35:36Z
dc.date.available2022-12-13T19:00:41Z
dc.date.created2021-04-12T18:35:36Z
dc.date.issued2021
dc.identifier371456
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222060
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5340244
dc.description.abstractResumo: Este estudo aborda as notificações de violência sexual contra a criança, compreendida como a submissão desta à atividade sexual que não possa compreender, com a qual ela não tem o desenvolvimento compatível, a que não possa dar consentimento e/ou que viole as leis da sociedade. Objetivou analisar a violência sexual contra a criança, em Santa Catarina, e os fatores associados a sua repetição, tendo como base as notificações de violências sexuais, de 2009 a 2019, contra crianças (idade até 10 anos incompletos), inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada análise de qualidade do banco de dados com relação a critérios de não duplicidade, completitude e consistência. Como resultado, o percentual de não duplicidade foi de 100,0%, de completitude 92,3% e de consistência 90,0%. Para o estudo da violência sexual foram selecionadas as variáveis relacionadas ao perfil da vítima: idade, sexo, raça/ou cor e presença ou não de deficiências; ao autor da agressão: sexo (se masculino, feminino ou ambos), número de envolvidos (um ou mais de um), suspeita do uso de álcool (se sim ou não), ciclo de vida (idades de 0 a 9 anos; de 10 a 19 anos; de 20 a 24 anos; de 25 a 59 anos, ou 60 ou mais anos). Foi caracterizado o vínculo ou grau de parentesco com a vi´tima, sendo gerada a categoria ?conhecido?. A violência sexual foi tipificada em termos da presença ou ausência de assédio sexual, exploração sexual, pornografia, atentado violento ao pudor e estupro. Averiguou-se a ocorrência ou não de penetração. A variável ?violência sexual de repetição? foi determinada pela ocorrência de mais de um episódio de violência sexual. As 3489 notificações foram analisadas por meio de estatística descritiva, em frequências relativas e absolutas e intervalos de confiança (IC) de 95%. Para verificar os fatores associados com a violência de repetição, foi realizada análise de regressão logística multivariada, com entrada de variáveis pelo procedimento backward, e obtida a razão de chance (RC) e seus respectivos IC de 95%. Foram consideradas significativas as variáveis com valor p<0,05, e as que apresentaram p<0,20, na análise bivariada, foram incluídas nas análises ajustadas, sendo excluídas do modelo as variáveis que apresentaram multicolinearidade, cuja qualidade foi testada pelo índice de Hosmer and Lemeshow. Predominaram vítimas do sexo feminino (73,3%), brancas (83,4%), na faixa etária de 2 a 6 anos (49,8%), sem deficiência (96,9%), vitimizadas na residência (77,8%), por conhecido (94,1%). O estupro foi quase três vezes mais frequente no sexo feminino, porém, quando acompanhado de penetração, a maior prevalência ocorreu com o sexo masculino. Os fatores de risco para a violência sexual de repetição nesta análise foram: o local da violência ser a residência (RC:1,4; IC95%:1,1?1,8), a vítima ter idade entre 6 e 10 anos (RC:1,7; IC95%:1,7? 2,5), o uso de álcool pelo autor da agressão (RC:2,0; IC95%:1,3 ? 2,2), e este ser o padrasto (RC:3,3; IC95%:2,4-4,6), o irmão (RC:2,0; ; IC95%:1,3-3,1) ou o pai (RC:1,7; IC95%:1,3-2,2). Quando a autoria foi vinculada a um desconhecido, essa chance diminui para 0,3. A qualidade do modelo foi de 58,3%. Em virtude de a violência sexual nas vítimas crianças habitualmente não se associar a alteraçõesfísicas visíveis, características clínico-epidemiológicas definidas pelo modelo deste estudo devem alertar os profissionais para a possibilidade de que a criança com a qual estão lidando possa estar sofrendo violência sexual de repetição, pois tem uma possibilidade de acerto de praticamente 60,0%. Nesses casos estaria indicada uma abordagem multidisciplinar com esse olhar.
dc.description.abstractAbstract: This study addresses notifications of sexual violence against children, understood as the child's submission to sexual activity that he / she cannot understand, with which he / she does not have compatible development, and that cannot give consent and / or that violates the laws of society. It aimed to analyze sexual violence against children, in Santa Catarina and the factors associated with its repetition, based on notifications of sexual violence, from 2009 to 2019, against children (age up to 10 years old), inserted in the Information System of Notifiable Diseases (SINAN). Analysis of the quality of the database was carried out with regard to the criteria of non-duplicity, completeness and consistency. As a result, the percentage of non-duplicity was 100.0%, completeness 92.3% and consistency 90.0%. For the study of sexual violence, variables related to the victim's profile were selected: age, sex, race / or color and the presence or absence of disabilities; to the perpetrator of the aggression: sex (whether male, female or both), number of people involved (one or more than one), suspected alcohol use (whether yes or no), life cycle (ages 0 to 9; 10 to 19 years; 20 to 24 years; 25 to 59 years, or 60 years or more). The bond or degree of kinship with the victim was characterized, generating the category \"known\". Sexual violence was typified in terms of the presence or absence of sexual harassment, sexual exploitation, pornography, indecent assault and rape. It was verified the occurrence or not of penetration. The variable ?repeated sexual violence? was determined by the occurrence of more than one episode of sexual violence. The 3489 notifications were analyzed using descriptive statistics, in relative and absolute frequencies and 95% confidence intervals (CI). In order to verify the factors associated with repetitive violence, multivariate logistic regression analysis was performed, with input of variables by the backward procedure, and the odds ratio (OR) and its respective 95% CI were obtained. Variables with p <0.05 were considered significant and those with p <0.20, in the bivariate analysis, were included in the adjusted analyzes, and variables with multicollinearity were excluded from the model, whose quality was tested by the Hosmer and Lemeshow index. Predominated female victims (73.3%), white skin color (83.4%), aged 2 to 6 years (49.8%), without disabilities (96.9%), victimized at home (77,8%), by acquaintance (94.1%). Rape was almost three times more frequent in females, but when accompanied by penetration, the highest prevalence occurred in males. The risk factors for recurrent sexual violence in this analysis were: the location of the violence is the home (OR: 1.4; CI95%:1.1?1,8), the victim is aged between 6 and 10 years (OR: 1.7; CI 95%:1.7? 2.5), the use of alcohol by the perpetrator of the aggression (OR: 2.0; CI95%:1.3 ? 2.2), and this being the stepfather (OR: 3.3; CI95%:2.4-4.6), the brother (OR: 2.0; CI95%:1.3- 3.1) or the father (OR: 1.7; CI95%:1.3-2.2). When the authorship was linked to a stranger, this ratio decreases to 0.3. The quality of the model was 58.3%. Due to sexual violence in child victims, is usually not associated with visible physical changes, clinical and epidemiological characteristics defined by the model of this study should alert professionals to the possibility that the child they are dealing with may be suffering recurrent sexual violence, as it has a possibility of correctness of practically 60.0%. In such cases, a multidisciplinary approach with ?this view? would be indicated.
dc.languagepor
dc.titleViolência sexual contra crianças em Santa Catarina: características e fatores associados à violência de repetição
dc.typeTese (Doutorado)


Este ítem pertenece a la siguiente institución