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A hegemonia dos Estados Unidos e a Guerra às Drogas no México: Uma Análise da Evolução da Construção Hegemônica dos EUA
Fecha
2019-07-10Autor
Pimpão, Natália Soares
Institución
Resumen
O fim da Segunda Guerra Mundial instigou a tentativa dos Estados Unidos de consolidar uma
hegemonia global favorável aos seus interesses. Essa tentativa promoveu a construção de um
consenso baseado em instituições e discursos voltados para a luta contra o comunismo e a
necessidade de fortalecer a economia de mercado. O consenso, no entanto, não emergiu da
coerção. Por meio da abordagem metodológica hipotético-dedutiva, este artigo explora alguns
momentos-chave que representam a política externa conduzida pelos Estados Unidos após a
Segunda Guerra Mundial, a fim de compará-los com o cenário da Guerra às Drogas no México
de 2006 a 2012. Através da análise das origens da hegemonia e de seus fundamentos,
pretendemos determinar se o aumento da violência, observado durante o governo de Felipe
Calderón, significa que os Estados Unidos passaram a desempenhar um papel de dominação e
não de liderança. Considerando a relação histórica estabelecida entre o México e os Estados
Unidos, somada à história da proibição, chegamos à conclusão de que ainda há um consenso
considerável que vincula a violência a uma causa na Guerra às Drogas. A Guerra às drogas é,
não entanto, uma estratégia dos Estados Unidos para a América Latina, e nossa conclusão não
deve isentar os Estados Unidos das responsabilidades pela violência praticada.