dc.contributorLindner, Sheila Rubia
dc.creatorNogueira, Lauriana Urquiza
dc.date.accessioned2020-03-31T13:39:01Z
dc.date.accessioned2022-12-13T13:42:54Z
dc.date.available2020-03-31T13:39:01Z
dc.date.available2022-12-13T13:42:54Z
dc.date.created2020-03-31T13:39:01Z
dc.date.issued2018
dc.identifier360043
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205388
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/5327426
dc.description.abstractEste estudo aborda as características da violência notificada contra mulheres idosas. A violência contra a pessoa idosas se caracteriza por diferentes formas de agressão (física, psicológica, verbal, sexual, financeira, negligência ou abandono), sendo considerada qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento. Neste cenário, o presente estudo tem por objetivo descrever as características da violência contra as mulheres idosas, o perfil das idosas em situação de violência e o perfil do suposto autor da agressão, notificadas por profissionais de saúde, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2008 a 2014, em Santa Catarina. Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, com dados secundários obtidos através do SINAN de Santa Catarina, região sul do Brasil. Analisaram-se as características sociodemográficas das idosas em situação de violência (escolaridade, cor de pele e situação conjugal), características da violência notificada (tipo de violência, meio de agressão, polivitimização, local da ocorrência, turno da ocorrência, violência por repetição e óbitos decorrentes da violência) e características do provável autor da agressão (sexo, número de agressores, vínculo do agressor com a idosa e suspeita do uso de álcool). Foram calculadas as frequências absolutas e relativas com seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). O teste qui-quadrado e teste exato de Fisher foram aplicados para comparação entre as variáveis, com nível de significância a 5%. Utilizou-se o programa estatístico Stata versão 14.0 para realização das análises. Foram analisadas 1077 notificações de violência contra idosas, estratificadas por faixa etária (60 a 74 anos e 75 anos ou mais). A média de idade das mulheres foi de 71 anos (IC 95%: DP=8,78), a maioria relatou cor de pele branca (IC 95%: 89,4%) e ter até 4 anos de estudos (IC 95%: 71,1%) sendo a baixa escolaridade mais frequente entre idosas com 75 anos ou mais (IC 95%: 82,7%). Dentre as idosas mais jovens (60-74 anos), predominaram mulheres casadas/união estável, violência perpetrada por parceiros íntimos ou familiares, do sexo masculino, ocorridas nas residências. A tipologia mais frequente foi a violência física (IC 95%: 50,5%), seguida pela psicológica (IC 95%: 28,0%), sendo que em 33 casos a agressão resultou em morte. Entre aquelas com 75 anos ou mais, a maioria era viúva ou separada, os familiares e cuidadores os principais agressores, tanto do sexo masculino como feminino, com destaque para a violência física (IC 95%: 31,1%) e negligência (IC 95%: 30,2%), ocorrendo principalmente em âmbito domiciliar, resultando em 8 caosos de mortes decorrentes das agressões. Em 70,1% (IC 95%) das notificações, os agressores não haviam consumido substâncias alcoólicas no ato da agressão. Destacam-se como principais achados deste estudo, as diferentes características da violência identificada segundo faixa etária. Dentre as idosas mais jovens (60-74 anos), predominaram mulheres casadas/ com companheiro, que sofreram agressões perpetradas por parceiros íntimos ou familiares, do sexo masculino, ocorridas nas residências. A tipologia mais frequente foi a violência física, seguida pela psicológica, sendo que em 33 casos a agressão resultou em morte. Entre aquelas com 75 anos ou mais a maioria não possuia parceiro, predominando as agressões cometidas por familiares e cuidadores no âmbito doméstico, tanto do sexo masculino como feminino, com maior frequência de polivitimização e reincidência das agressões. Destaque para a violência física e negligência, sendo que em 8 casos a agressão resultou em morte. O conhecimento das diferentes manifestações da violência contra mulheres idosas subsidia ações para o seu enfrentamento, identificando características de vulnerabilidades onde os profissionais de saúde podem intervir.
dc.description.abstractAbstract : This study addresses the characteristics of reported violence against older women. Violence against the elderly is characterized by different forms of aggression (physical, psychological, verbal, sexual, financial, negligence or neglect), and any act or omission practiced in a public or private place that causes death, harm or suffering is considered. In this scenario, the present study aims to describe the characteristics of violence against elderly women, the profile of the elderly women in a situation of violence and the profile of the alleged perpetrator of the aggression, notified by health professionals, in the Notification of Injury Information System (SINAN), from 2008 to 2014, in Santa Catarina. This is a descriptive, retrospective study with secondary data obtained through SINAN of Santa Catarina, southern region of Brazil. Characteristics of reported violence (type of violence, means of aggression, polivitimization, place of occurrence, turn of occurrence, violence by repetition and (gender, number of aggressors, attachment of the aggressor to the elderly and suspected use of alcohol). The absolute and relative frequencies were calculated with their respective 95% confidence intervals (95% CI). The chi-square test and Fisher's exact test were applied to compare the variables, with significance level at 5%. The statistical program Stata version 14.0 was used to carry out the analyzes. We analyzed 1077 reports of violence against the elderly, stratified by age group (60 to 74 years and 75 years or more). The mean age of the women was 71 years (SD = 8.78), most of them reported white skin color (89.4%) and had up to 4 years of schooling (71.1%), with the lowest level of schooling being more frequent among elderly women aged 75 years or over (82.7%). Among the younger women (60-74 years), married / stable union, violence perpetrated by intimate partners or relatives, male, occurred in the households. The most frequent typology was physical violence (50.5%), followed by psychological (28.0%), and in 33 cases, aggression resulted in death. Among those aged 75 and over, most were widowed or separated, relatives and caregivers were the main aggressors, both male and female, with emphasis on physical violence (31.1%) and neglect (30.2%). , occurring mainly in the household, resulting in 8 chaos of deaths resulting from the aggressions. In 70.1% of the reports, the perpetrators had not consumed alcoholic substances in the act of aggression. The main findings of this study are the different characteristics of violence identified according to age group. Among the younger women (60-74 years), married / companion women predominated, who suffered aggressions perpetrated by intimate partners or relatives, male, occurring in the homes. The most frequent typology was physical violence, followed by psychological violence, and in 33 cases, aggression resulted in death. Among those aged 75 years or over, most of them did not have a partner, predominantly the aggressions committed by family members and caregivers at home, both male and female, with a higher frequency of polyvitisation and reoccurrence of aggression. Emphasis was placed on physical violence and neglect, and in 8 cases the aggression resulted in death. Knowledge of the different manifestations of violence against older women subsidizes actions to confront them, identifying vulnerability characteristics where health professionals can intervene.
dc.languagepor
dc.titleCaracterização da violência notificada contra mulheres idosas, de 2008 a 2014, em Santa Catarina - Brasil
dc.typeDissertação (Mestrado)


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