Essa pesquisa investigou estratégias de resistência à opressão racial desenvolvidas por mulheres negras e militantes de movimentos sociais. Trata-se de pesquisa empírica, exploratória e qualitativa. Foram realizadas cinco entrevistas semiestruturadas e o material produzido foi analisado por meio da análise de Conteúdo, especificamente Análise Temática, na perspectiva da psicologia social. Revelou-se os seguintes núcleos de sentido: Racismo estrutural e institucional; ênfase do corpo; silenciamento e invisibilização; exclusão e estratégias para  enfrentamento da  opressão  racial, quais sejam: participação em coletivos, movimentos sociais e ocupação de espaços públicos; a valorização da ancestralidade e sacralidade; busca de superação da visão estereotipada hipersexualizada do corpo, afirmação da identidade étnica; valorização da formação acadêmica. Busca-se contribuir na afirmação de uma ética que valorize a alteridade, oferecendo maior visibilidade à problemática de gênero e racial.