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Cinderela surda: o surdo e o simbólico no conto infantil
Registro en:
10.3895/rl.v19n24.5779
Autor
Barbosa de Oliveira Silva, Ione Barbosa
Cerqueira Alves, Francislene Cerqueira
Tannus Souza, Jorgina de Cássia Tannus
Resumen
RESUMO: O presente trabalho propõe-se a analisar o conto Cinderela Surda de Hessel, Rosa e Karnopp (2007), a partir de sua representação e significados simbólicos. O conto analisado é uma releitura da tradicional Cinderela de Perrault (1999) para a realidade dos surdos, ressaltando aspectos pertencentes à cultura e identidade surda. A partir deste conto, interessa-nos compreender e trazer à tona possíveis conflitos e dificuldades enfrentadas pela criança surda. Para isso, tivemos como suporte teórico Bettelheim (1980), Corso e Corso (2006) e Abramovich (1997) na abordagem acerca dos contos infantis e seu material simbólico e Goldfeld (2002), Quadros (1997) e Skliar (1997) no que se refere à criança surda. Compreendemos a partir da análise que a linguagem simbólica pode retratar conflitos internos enfrentados por crianças surdas, permitindo-as entender sobre si mesmas e encontrar significados para suas vidas. Além disso, percebemos a importância de uma literatura surda visando recuperar as tradições culturais de suas comunidades.