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Efeitos do trabalho infantil sobre a escolaridade, a renda e a condição ocupacional de trabalhadores adultos da região sul do Brasil em 2015
Autor
Lopes da Cruz Souza, Edicléia
Egevardt de Castro, Talita
Institución
Resumen
Existe uma preocupação mundial com relação aos efeitos nocivos do trabalho infantil e seus reflexos sobre a condição de vida dos indivíduos. Esta problemática tem sido foco de diversas discussões entre pesquisadores, Estado e entidades sociais, como este estudo que teve por objetivo analisar os efeitos do trabalho precoce na escolaridade, nos rendimentos e na condição da ocupação de um indivíduo adulto que foi trabalhador infantil. Para tanto, realizou-se uma análise estatística e econométrica de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2015, referentes aos trabalhadores com idade entre 18 e 70 anos, dos estados da região Sul brasileira. Os resultados mostraram que: do total de trabalhadores investigados na região, 38% eram trabalhadores informais. Nos três estados sulinos, mais de 55% desses trabalhadores na informalidade começaram a trabalhar com até 14 anos. Quanto ao rendimento, obteve-se que as pessoas que ingressaram no trabalho com menos de 10 anos tiveram média de rendimentos mensal menor, se comparada à média dos ingressantes após os 18 anos. Na mesma direção, quanto menor a idade que começou a trabalhar, menor a média de anos de estudo apresentada. Nos três aspectos investigados, os trabalhadores da área rural estavam em pior condição: a informalidade entre eles era maior, a renda e a escolaridade menores. Por fim, esta pesquisa reforça que o trabalho infantil é uma problemática humana, social e econômica latente no tempo, que carece de esforços do Estado e da sociedade para a sua completa erradicação.