The current article approaches the painting “Visão de Paraguaçu” produced in the 19th century by painter Ângelo da Silva Romão, which depicts of the Tupinambá Indigenous Catarina Paraguaçu in the 16th century Bahia. Nowadays it is exposed in the Museu Histórico Nacional in the city of Rio de Janeiro. Three major hypothesis configure this paper: the first one refers to the potential of the piece to constitute the collection, understanding the Museum as a memory place facing cultural plurality; the second one is about the notion of long dureé used to understand the practices of production and circulation of votive paintings surrounding Catarina’s representation. At last, it is proposed the recognition of the character’s importance to the Art and History of popular Catholicism in Brazil.O presente artigo aborda a pintura “Visão de Paraguaçu” produzida em meados doséculo XIX pelo pintor Ângelo da Silva Romão, que traz a figura da indígenatupinambá, Catarina Paraguaçu, na Bahia do século XVI. Atualmente é exposta noMuseu Histórico Nacional na cidade do Rio de Janeiro. Duas hipóteses principaisconfiguram a pesquisa: a primeira é sobre a noção de longa duração utilizada para seentender as práticas de produção e circulação de pinturas votivas, os ex-votos, emtorno da representação de Catarina; a segunda se refere ao potencial da peça paraconstituir o acervo, entendendo o Museu como um espaço de memória voltado paraa pluralidade cultural, propondo-se o reconhecimento da importância da personagempara a arte e a história do catolicismo no Brasil.