Após mostrar a dependência das epistemologias psicológicas vigentes com o fisicalismo clássico, o autor propõe a discussão dos elementos de uma nova epistemologia. Tal epistemologia estaria fundada numa lógica artificial de "base não-inteira" (lógica irracional), pertencente a um novo modo de conhecirnento científico denominado experiência enigmática, distinto do outro modo, experiência intuitiva, que engloba as demais epistemologias. Essa nova lógica, heterônoma e quase-ideográfica, apresenta um elemento que absorve os chamados "aspectos simétricos da identidade" (ser/não-ser; permanência/mudança; passado/futuro; etc.). Constitui-se desse modo numa hipersíntese. É obtido através de uma operação singular, a "reflexibilidade especular" e denominado "refletente". Mostra-se a possibilidade de aplicar as propriedades desse elemento hipersintético na interpretação de certos aspectos paradoxais ou instáveis encontradiços na Psicologia, antropologia cultural e ciências naturais (cosmologia). Com isso o autor pretende ter apresentado os elementos que justificariam a discussão de uma epistemologia irracional para a psicologia.