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AS CRIANÇAS QUE CALCULAVAM: em situação de risco social e de exclusão de aprendizagem matemática
Fecha
2021Autor
Muniz, Cristiano Alberto
Institución
Resumen
A busca pela compreensão da constituição do ser matemático como sujeito que aprende e produz
sentidos subjetivos de sua capacidade em elaborar conhecimentos matemáticos encontra na categoria
“sujeito que aprende”, da Teoria da Subjetividade-TS, um conceito que tanto amplia quanto aprofunda
as análises interpretativas da constituição matemática de crianças. A TS possibilita ampliação
da compreensão do fenômeno da aprendizagem matemática para além da análise estritamente
cognitiva, de análise microgenética das produções de registros matemáticos, o que realizamos nas
últimas décadas apoiados na Teoria dos Campos Conceituais. Apoiados em diálogos produzidos em
oficinas matemáticas lúdicas e na conversação com mães sobre suas histórias educativas, buscamos
sentidos subjetivos na história de aprendizagem matemática de quatro crianças em situação de risco.
Além do diálogo estabelecido ao longo das oficinas lúdicas, coletamos suas produções matemáticas.
Esses registros, somados aos constantes diálogos em contexto, permitiram a análise e a explicitação
de esquemas matemáticos implícitos nessas produções matemáticas e revelaram importantes
elementos constituidores dos complexos processos de aprendizagem matemática. Entretanto, as
análises microgenéticas não foram suficientes para o desvelamento da complexa dimensão simbólicoemocional de significação de aprendizagens matemáticas pelos sujeitos. O diálogo com as crianças e
suas respectivas mães, por meio de conversão videogravada, permitiu melhor compreender a natureza
das produções e seus significados para além da situação da atividade lúdica. Este artigo se limita a
trazer a análise de apenas um desses casos investigados, de um menino com deficiência auditiva e que,
portanto, apresenta dificuldade na organização dos algoritmos matemáticos