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Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade
Fecha
2020Registro en:
Machado Aráoz, Horacio Alejandro César; Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade; Elefante; 2020; 318
978-85-93115-46-2
CONICET Digital
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Autor
Machado Aráoz, Horacio Alejandro César
Resumen
Desde que a primeira edição deste livro foi publicada, em 2013, uma grande quantidade de acontecimentos se deu no panorama da mineração transnacional na América Latina. Fatos não apenas importantes e graves, mas fatos no sentido de toda a densidade política que esse termo expressa. É o caso evidente do incomensurável crime massivo da Samarco no Vale do Rio Doce, no Brasil. E de crimes dirigidos a pessoas, como o assassinato de Berta Cáceres e o atentado contra Gustavo Castro Soto, em Honduras; ou o assédio e a perseguição policial-judicial a Máxima Acuña, no Peru. Houve ainda mortos e feridos “ao acaso”, como nas violentas repressões das greves contra a mineradora Tintaya Marquiri, no Peru. Eu poderia mencionar os sucessivos vazamentos de milhões de litros de água cianetada pela Barrick Gold, em San Juan, no leste da Argentina; os quarenta mil litros de ácido sulfúrico nos rios Baranuchi e Sonora, no México; a contaminação dos mananciais que abastecem a população de Santo Antônio do Grama, em Minas Gerais, devido à ruptura de um mineroduto da Anglo American; e tantos outros crimes contra a natureza que, no jargão minerador, são apresentados como “acidentes”.