Dissertation
Avaliação da profilaxia contra o vírus da raiva pelas técnicas de contraimunoeletroforese e rápida inibição de focos fluorescentes
Fecha
2007Registro en:
MOREIRA, Wildeberg Cál. Avaliação da profilaxia contra o vírus da raiva pelas técnicas de contraimunoeletroforese e rápida inibição de focos fluorescentes. 2007. 74 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologia de Imunobiológicos) – Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Moreira, Wildeberg Cál
Institución
Resumen
A Raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da Raiva
principalmente pela mordedura de animais infectadose, mais raramente, pela
arranhadura e lambedura de mucosas e/ou pele lesada. Apresenta letalidade de 100% e alto custo na prevenção de pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. No Brasil, os transmissores mais importantes são o cão e o gato, em áreas urbanas, e os morcegos que mantêm o ciclo silvestre da doença. Estimativas revelam que uma pessoa morre de Raiva a cada 15 minutos, mais de 300 outras são expostas e 4 milhões recebem tratamento em todo mundo.Em 2005, o Ministério da Saúde
gastou cerca de R$ 66,4 milhões com as ações de vigilância epidemiológica contra a
Raiva. Tais recursos foram empregados para medidas como a realização de
campanhas de vacinação e a aquisição de imunobiológicos. No período entre 2000 e
2006, 4.918 indivíduos vacinados tiveram amostras de soro examinadas pela
Contraimunoeletroforese (CIE). De 5.502 soros analisados, 2.099 (38 %)
apresentaram resposta insatisfatória à profilaxia realizada. Noventa e um soros,
obtidos de 34 indivíduos que haviam recebido mais de um esquema profilático contra
a Raiva foram selecionados para a titulação pela Rápida Inibição de Focos
Fluorescentes (RIFF), utilizando dois conjugados: um produzido in housee outro
comercial (padrão ouro). Setenta e quatro soros (82,22%) apresentaram título
protetor (≥0,5UI/mL) e 12 soros (13,33%) título não-protetor (<0,5UI/mL) quando
testados pela técnica de RIFF. Os títulos de anticorpos, com o conjugado comercial
e o conjugado in house, foram altamente correlacionados (r= 0,94). Assim,não
houve diferença significativa entre os resultados obtidos com a titulação dos soros
analisados para ambos os conjugados. O tipo de vacina, o número de doses de
vacina e o intervalo entre o início do tratamento eo momento da coleta do sangue
foram significativos sobre o título de anticorpos. A RIFF, usando o conjugado
produzido in house, apresentou sensibilidade de 96% e especificidade de 92%, ao ser comparada com a RIFF usando o conjugado comercial. A sensibilidade da CIE
foi 24 %, com 93% de especificidade em relação a RIFF, usando o conjugado in
house. Com o conjugado comercial, a relação entre a CIE e a RIFF foi 25% para a
sensibilidade e 100% para a especificidade. As diferenças entre os dois conjugados
não foram significativas.