Processo inflamatório na pré-eclâmpsia associado aos parâmetros clínicos e nutricionais do recém-nascido

Abstract

INTRODUÇÃO: As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) são muito frequentes nas gestantes, além de serem uma das principais causas de mortes maternas no Brasil e no mundo. Dentre essas síndromes, encontra-se a pré-eclâmpsia (PE), uma doença multissistêmica, caracterizada com o aparecimento de proteinúria (com um valor > 0,3 g em 24 horas) e hipertensão (≥ 140/90 mm Hg) após a 20a semana de gestação, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Estudos apontam que na PE há uma ativação até 10 vezes maior do fator de transcrição NFkB placentário, associado a liberação de citocinas pró-inflamatórias. OBJETIVO: Avaliar o processo inflamatório na placenta de mulheres portadoras de pré-eclâmpsia ou não e comparar com os parâmetros antropométricos do recém-nascido. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram recolhidas amostras da placenta de gestantes sadias e com pré-eclâmpsia do Hospital Guilherme Álvaro (HGA) em Santos - São Paulo. Junto com essas amostras foram recolhidos dados da mãe e do bebê para análises posteriores da pesquisa. A partir da análise da placenta, foi feita a quantificação das proteínas envolvidas na cascata do TLR4: NFkB (p50). Após a quantificação, foi feita uma relação dos dados da gestante e seu neonatal. RESULTADOS: Foi observado uma diferença estatista em relação aos dados maternos das gestantes sadias comparados aos dados do grupo Pré-eclâmpsia. A maioria das gestantes pré-eclâmpticas são obesas, enquanto as sadias são eutróficas. Os neonatos do grupo Pré-eclâmpsia tiveram seus dados antropométricos e clínicos menores que os do grupo Sadio, sendo assim, houve uma diferença entre eles. Nas análises das citocinas, não houve diferença estatística entre os grupos estudados.