Artigo de Periódico
Estudo histológico e histoquímico da elastose solar em lesões de queilite actínica
Fecha
2007-05Registro en:
ARAÚJO, C. P. et al. Estudo histológico e histoquímico da elastose solar em lesões de queilite actínica. R. Ci. méd. biol., Salvador, v.6, n.2, p.152-159, mai./ago. 2007.
2236-5222
v.6, n.2
Autor
Araújo, Caliandra Pinto
Barros, Adna Conceição
Lima, Antônio Adilson Soares de
Azevedo, Roberto Almeida de
Ramalho, Luciana Maria Pedreira
Santos, Jean Nunes dos
Institución
Resumen
A queilite actínica (QA) apresenta-se como uma lesão difusa do vermelhão do lábio inferior, resultante da exposição à
radiação solar excessiva, podendo exibir alterações histomorfológicas indicativas de desvios da diferenciação normal.
Histologicamente, a característica principal da pele que exibe fotoenvelhecimento é o acúmulo do material basofílico,
amorfo, rico em fibras elásticas, denominada elastose solar. Esse aspecto é demonstrado pelas lesões de QA, no entanto,
a maioria dos pesquisadores estuda o tecido conjuntivo da pele normal e (ou) exposta, deixando de lado as lesões labiais
provocadas por danos actínicos, como é o caso da QA. O objetivo deste trabalho é estudar o grau de displasia e o padrão
de organização das fibras colágenas e elásticas nas lesões de queilite actínica. Através das técnicas de rotina, Picrossirius
e orceína de Weigert foram estudados respectivamente, o grau de displasia e o padrão de organização das fibras colágenas
e elásticas dessa lesão. Dos aspectos clínicos, evidenciou-se uma maior freqüência das lesões de QA no sexo masculino,
e a faixa etária atingiu predominantemente a quinta década de vida. Histopatologicamente, seis casos exibiram displasia
discreta, quatro exibiram displasia moderada e três, displasia intensa. Na matriz extracelular, foi observada a ausência de
fibras colágenas nas áreas correspondentes à elastose solar. Nessas áreas, as fibras colágenas foram substituídas por fibras
elásticas, provavelmente dando origem ao acúmulo de material semelhante à elastina, característica das lesões de queilite
actínica. Tendo em vista que a matriz extracelular pode influenciar os processos de invasão e migração celulares, a
participação desses componentes torna-se importante, uma vez que a queilite actínica é passível de transformação
maligna.