Artigo de Periódico
Correlação dos desvios posturais com dores músculoesqueléticas
Fecha
2007-01Registro en:
FALCÃO, F. R. C.; MARINHO, A. P. S.; SÁ, K.N. Correlação dos desvios posturais com dores músculoesqueléticas. R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 6, n. 1, p. 54-62, jan./abr. 2007.
2236-5222
v.6, n.1
Autor
Falcão, Fernanda Rezende Campos
Marinho, Ana Paula Silva
Sá, Kátia Nunes
Institución
Resumen
O desgaste sofrido pelo corpo, devido às atividades da vida diária, pode ser agravado por posturas inadequadas, pois
desvios na postura anatômica tensionam tecidos moles e sobrecarregam estruturas esqueléticas. A má postura pode
resultar em dor e vice-versa. O objetivo deste trabalho foi, mediante corte transversal, correlacionar dores músculoesqueléticas
e alterações posturais em amostra composta por funcionários e acadêmicos de uma faculdade de Fisioterapia
em Salvador-BA, de ambos sexos, entre 20 e 50 anos e com dor músculo-esquelética. Os participantes preencheram um
questionário e foram fotografados com a câmara digital para a tomada das imagens nas vistas lateral esquerda, posterior
e anterior. Para a análise dos resultados, utilizaram-se os testes estatísticos Pearson chi-square e Likelihood ratio chi-square,
para verificação da associação entre as dores mais prevalentes e as alterações posturais dos locais próximos às dores
analisadas. A amostra foi composta de 54 pessoas, sendo que 58% nunca realizaram tratamento para dor, 83,3%
apresentou cabeça anteriorizada, 68,5% hiperlordose e 66,6% anteversão pélvica. Os locais mais prevalentes de dor
foram coluna lombar (39,7%), cervical (12,2%) e torácica (12,2%). No grupo com dor lombar (p=0,98), observouse
semelhança nos desvios posturais considerados; no grupo com dor torácica (p=0,92), encontraram-se mais pessoas
com desvios posturais nas regiões lombar e torácica; e no grupo com dor cervical (p=0,69), a maioria de pessoas possuía
desvios na região torácica e na inclinação da cabeça. O estudo demonstrou não existir associação de alterações posturais
com dor músculo-esquelética na população estudada.