Trabalho de Conclusão de Curso
Caracterização clínica e o impacto na aceitação dos múltiplos órgãos de doação falecidos na Bahia
Fecha
2015-11-19Autor
Laudano, Euder Vila Nova
Institución
Resumen
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E O IMPACTO NA ACEITAÇÃO DOS
MÚLTIPLOS ÓRGÃOS DE DOADORES FALECIDOS NA BAHIA. A doação de
múltiplos órgãos é necessária para o transplante de pacientes com doença, ou disfunção
irreversível de determinado órgão diante da ineficiência de outros tratamentos e ausência
de contraindicações absolutas ao procedimento. O doador pode ser vivo ou falecido, cada
qual com suas vantagens e desvantagem tendo em comum as possíveis complicações pós
operatórias. No Brasil existem milhares de pacientes na fila de espera por um doador
falecido, devido à falta de doadores vivos compatíveis. A distribuição dos doadores em
relação as regiões é bastante heterogenia e a Bahia, mesmo com uma grande população,
é um dos Estados que menos transplanta. Objetivo: Avaliar características clínicas e
epidemiológicas dos doadores de múltiplos órgãos no estado da Bahia (Brasil).
Metodologia: Coorte retrospectiva dos doadores de múltiplos órgãos falecidos no Estado
da Bahia (Brasil) de janeiro de 2009 a dezembro de 2014, através do banco de dados da
CNCDO-BA/SESAB. Analisando características epidemiológicas e clínicas, além de
Avaliar a taxa e o motivo de recusa de órgãos das equipes transplantadoras no estado da
Bahia. Resultados: Das doações autorizadas foram captados 95,8% (n= 323) dos Fígados
e 96,6% (n= 652) Rins, sendo que 66,9% (n= 216) dos fígados e 39,7% (n= 259) dos rins
foram transplantados na Bahia. Foram recusados pelas equipes transplantadoras bahianas
33,1% (n= 107) dos fígados e 60,3% (n=393) dos rins. Desses recusados na Bahia, foram
transplantados em outros Estados 45,8% (n=49) dos fígados e 73,5% (n= 289) dos rins, e
foram encaminhados para descarte e/ ou anatomia patológica: 54,2% (n= 58) dos fígados
e 26,5% (n=104). Discussão: As equipes transplantadoras bahianas recusam muitos
órgãos captados no Estado todos os anos e maior parte deles são transplantados por
equipes de outros Estados, há uma necessidade de se rever e expandir os critérios para
utilização de órgãos em transplantes na Bahia? Conclusões: A Bahia capta a maioria dos
órgãos doados, entretanto as equipes deixam de utilizar boa parte desses órgãos por não
compor determinados critérios. Maior parte desses órgãos não aceitos por equipes
bahianas, são transplantados em outros Estados. Há necessidade de revisar e expandir os
critérios de seleção de órgãos na Bahia. A logística dos transplantes no Estado deve ser
aperfeiçoada.