Dissertação
História da educação do corpo e ergonomia na 4º série do ensino fundamental: um estudo de caso
Fecha
2009Autor
Ferreira, Priscila d'Almeida
Ferreira, Priscila d'Almeida
Institución
Resumen
Esta pesquisa é o resultado de um estudo de caso, de abordagem qualitativa com alunos da 4ª serie de uma escola pública do interior do Estado da Bahia. Introduz a questão da ergonomia na investigação educacional, dialogando com autores da educação e da área específica. Ao trazermos esta discussão sob a perspectiva da saúde, apontamos a relevância de reunir áreas diferenciadas para compreender a importância da corporeidade no processo de evolução do ser humano. O corpo é tratado neste trabalho como um fenômeno cultural, histórico e social, apresentando uma evolução teórica da corporeidade e suas repercussões somáticas, físicas e sociais relacionadas ao ambiente escolar. A metodologia utilizada justificava-se em função da necessidade de ouvir o corpo na escola, partindo do pressuposto que o aluno fica a maior parte do tempo sentado na sala de aula, limitando, portanto, corpo e movimento, além de possibilitar lesões corporais. Sabemos que a denúncia da imobilidade corporal na escola é antiga e coincidente a crítica à escola tradicional. A compreensão deste fenômeno torna-se fundamental para avançarmos nas ações relativas ao ambiente escolar, tanto no que diz respeito ao aprendizado como no que se refere a saúde. A análise dos dados foi realizada a partir das seguintes referências: corpo, ambiente escolar, saúde e ergonomia. Dos resultados, apontamos como principais a escassez de movimento corporal durante o período escolar, em especial no tempo da aula. As crianças explicitaram um grande ‘desconforto’ corporal, proveniente da inadequação imobiliária, espacial e temporal. Sugerimos que os currículos escolares atentem para a necessidade de dinâmicas corporais durante as aulas, bem como a adequação mobiliária, espacial e temporal. Salientamos ainda, a necessidade de novas investigações sobre a relação entre a questão corporal e o processo educacional escolar, para melhor compreender os limites estabelecidos por essa educação ao corpo e possíveis soluções.