Artigo de Periódico
Musculoskeletal disorders among workers in plastic manufacturing plants
Fecha
2010-03Registro en:
1415-790X
v. 13, n. 1.
Autor
Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Assunção, Ada Ávila
Silvany Neto, Annibal Muniz
Carvalho, Fernando Martins
Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Assunção, Ada Ávila
Silvany Neto, Annibal Muniz
Carvalho, Fernando Martins
Institución
Resumen
INTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos têm indicado uma associação entre distúrbios músculo-esqueléticos (DME) e demandas físicas no trabalho. Demandas psicossociais no trabalho também têm sido identificadas como possíveis fatores de risco, mas os achados são inconsistentes.
OBJETIVOS: Avaliar fatores associados aos DME em região alta do dorso, pescoço e extremidades superiores entre trabalhadores de 14 fábricas de plástico na Região Metropolitana de Salvador, Brasil.
MÉTODOS: Estudo de corte transversal foi realizado para avaliar uma amostra aleatória estratificada proporcional de 577 trabalhadores, utilizando questionário administrado por entrevistador. Análises fatoriais foram realizadas com as 11 variáveis relacionadas a demandas físicas, resultando em dois fatores. Demandas psicossociais no trabalho foram medidas através de questões para demanda psicológica, controle e suporte social. A importância das variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e trabalho doméstico também foi examinada. Regressão logística múltipla (RL) foi utilizada para identificar fatores relacionados com DME em região alta do dorso, pescoço e extremidades superiores.
RESULTADOS: Resultados da RL mostraram que DME em extremidades superiores distais estão relacionadas com manuseio de carga, repetitividade, demandas psicossociais, insatisfação no trabalho e ser do sexo feminino. DME na região alta do dorso e pescoço estão associados ao manuseio de carga, repetitividade, demandas psicossociais, insatisfação no trabalho e condicionamento físico precário.
CONCLUSÕES: Reduzir a prevalência de DME requer medidas que reduzam as demandas físicas no trabalho e ao mesmo tempo promovam mudanças na organização do trabalho, visando a reduzir as demandas psicossociais. Os programas devem ser sensíveis a uma provável diferença de gênero na ocorrência de DME.