Artigo de Periódico
Transtornos de humor e de ansiedade comórbidos em vítimas de violência com transtorno do estresse pós-traumático
Fecha
2009-10Registro en:
1516-4446
v. 31, n. 2.
Autor
Quarantini, Lucas de Castro
Rodrigues Netto, Liana
Nascimento, Mônica Andrade
Almeida, Amanda Cristina Galvão Oliveira de
Sampaio, Aline S.
Miranda-Scippa, Ângela Marisa de Aquino
Bressan, Rodrigo Affonseca
Koenen, Karestan C.
Quarantini, Lucas de Castro
Rodrigues Netto, Liana
Nascimento, Mônica Andrade
Almeida, Amanda Cristina Galvão Oliveira de
Sampaio, Aline S.
Miranda-Scippa, Ângela Marisa de Aquino
Bressan, Rodrigo Affonseca
Koenen, Karestan C.
Institución
Resumen
OBJETIVO: Buscar estudos que avaliem a comorbidade entre transtorno de estresse pós-traumático e transtornos do humor, bem como entre transtorno de estresse pós-traumático e outros transtornos de ansiedade.
MÉTODO: Revisamos a base de dados do Medline em busca de estudos publicados em inglês até abril de 2009, com as seguintes palavras-chave: "transtorno de estresse pós-traumático", "TEPT", "transtorno de humor", "transtorno depressivo maior", "depressão maior", "transtorno bipolar", "distimia", "transtorno de ansiedade", "transtorno de ansiedade generalizada", agorafobia", "transtorno obsessivo-compulsivo", "transtorno de pânico", "fobia social" e "comorbidade".
RESULTADOS: Depressão maior é uma das condições comórbidas mais frequentes em indivíduos com transtorno de estresse pós-traumático, mas eles também apresentam transtorno bipolar e outros transtornos ansiosos. Essas comorbidades impõem um prejuízo clínico adicional e comprometem a qualidade de vida desses indivíduos. Comportamento suicida em pacientes com transtorno de estresse pós-traumático, com ou sem depressão maior comórbida, é também uma questão relevante, e sintomas depressivos mediam a gravidade da dor em sujeitos com transtorno de estresse pós-traumático e dor crônica.
CONCLUSÃO: Os estudos disponíveis sugerem que pacientes com transtorno de estresse pós-traumático têm um risco maior de desenvolver transtornos afetivos e, por outro lado, transtornos afetivos pré-existentes aumentam a propensão ao transtorno de estresse pós-traumático após eventos traumáticos. Além disso, vulnerabilidades genéticas em comum podem ajudar a explicar esse padrão de comorbidades. No entanto, diante dos poucos estudos encontrados, mais trabalhos são necessários para avaliar adequadamente essas comorbidades e suas implicações clínicas e terapêuticas.
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