Artigo Publicado em Periódico
Violência conjugal: desafio para os profissionais de saúde
Fecha
2007Registro en:
2178-8650
v. 21, n. 1
Autor
Bispo, Tânia Christiane Ferreira
Almeida, Lílian Conceição Guimarães de
Diniz, Normélia Maria Freire
Bispo, Tânia Christiane Ferreira
Almeida, Lílian Conceição Guimarães de
Diniz, Normélia Maria Freire
Institución
Resumen
Diante da complexidade e extensão da violência doméstica no âmbito conjugal, há uma preocupação dos pesquisadores com a temática e discussão para articular violência e saúde. Tais estudos evidenciam que, embora as mulheres busquem mais os profissionais de saúde e, em especial, os que atuam nos serviços de emergência, devido às lesões físicas, nem todos estabelecem a relação entre a identificação das lesões e o contexto violento, no qual foram produzidas. Este estudo tem como objeto as representações sociais de profissionais de saúde acerca da assistência à mulher em situação de violência conjugal e como objetivo analisar as representações destes profissionais sobre esta temática. Foi utilizada a pesquisa qualitativa, tendo como referencial a Teoria das Representações Sociais. O espaço do estudo foi a Unidade de Emergência de um Hospital Público da cidade de Salvador (BA). Os sujeitos foram: profissionais de saúde de nível superior (enfermeiras, médicos e assistentes sociais) e profissionais de saúde de nível médio (auxiliares de enfermagem). Para captação dos dados, utilizou-se a observação participante e a entrevista semi-estruturada. Na análise destes dados utilizou-se a análise temática de Bardin. Os resultados evidenciaram que o setor de emergência, para os profissionais de saúde, é um espaço apenas para a identificação e o tratamento das lesões, não sendo responsabilidade deles “olhar” os aspectos da subjetividade que favoreçam trazer as causas da lesão como uma possibilidade de violência. Para eles, a violência diz respeito apenas a profissionais como assistente social e psicólogo, bem como aos aspectos jurídicos.