Artigo de Periódico
A biocompatibilidade dos materiais pode ser avaliada através dos mastócitos?
Fecha
2008Registro en:
2236-5222
v.7, n.1
Autor
Oliveira, Marcondes Queiroz
Sadigursky, Moysés
Oliveira, Marcondes Queiroz
Sadigursky, Moysés
Institución
Resumen
O objetivo do trabalho foi estudar a participação dos mastócitos nos processos de cura de feridas, considerando a sua
presença na composição dos critérios de avaliação e interpretação das respostas teciduais de biocompatibilidade. A
atividade experimental foi realizada usando-se quarenta Rattus norvegicus albinus, divididos aleatoriamente em quatro
grupos (1, 2, 3 e 4) para avaliação em vinte e quatro horas, uma, duas e três semanas, respectivamente. Cada animal
serviu para os grupos experimentais (região dorsocefálica), onde foi implantada uma membrana biocompatível no
tecido conjuntivo subcutâneo e controles sham (região dorsocaudal), onde o tecido conjuntivo foi somente manuseado.
Os resultados evidenciaram que, nos grupos experimentais, a quantidade de mastócitos nos tecidos foi menor do que
nos respectivos grupos sham. Entretanto, a comparação do número dessas células não revelou significância estatística.
Os valores estatísticos encontrados para um valor de p=0,05, usando o teste “t” de Student, ao se comparar cada grupo
experimental com o seu respectivo sham, foram: grupo 1 (p=0,218), grupo 2 (p=0,421), grupo 3 (p=0,116) e grupo
4 (p=0,668), portanto, não significante estatisticamente. Os valores entre as grupos sham de vinte e quatro horas e
experimental de três semanas foi p=0,014 e, entre o grupo experimental de vinte e quatro horas e o sham de 3 semanas,
foi p=0,001. A conclusão é que a presença de mastócitos nas áreas adjacentes à membrana sugere uma resposta de
aceitação. Entretanto, novas investigações devem ser realizadas para se esclarecer a viabilidade da inclusão dessas células
nos testes secundários de biocompatibilidade.