Artigo de Periódico
Estudo histológico e histoquímico da elastose solar em lesões de queilite actínica
Fecha
2007Registro en:
2236-5222
v.6, n.2
Autor
Araújo, Caliandra Pinto
Barros, Adna Conceição
Lima, Antônio Adilson Soares de
Azevedo, Roberto Almeida de
Ramalho, Luciana Maria Pedreira
Santos, Jean Nunes dos
Araújo, Caliandra Pinto
Barros, Adna Conceição
Lima, Antônio Adilson Soares de
Azevedo, Roberto Almeida de
Ramalho, Luciana Maria Pedreira
Santos, Jean Nunes dos
Institución
Resumen
A queilite actínica (QA) apresenta-se como uma lesão difusa do vermelhão do lábio inferior, resultante da exposição à
radiação solar excessiva, podendo exibir alterações histomorfológicas indicativas de desvios da diferenciação normal.
Histologicamente, a característica principal da pele que exibe fotoenvelhecimento é o acúmulo do material basofílico,
amorfo, rico em fibras elásticas, denominada elastose solar. Esse aspecto é demonstrado pelas lesões de QA, no entanto,
a maioria dos pesquisadores estuda o tecido conjuntivo da pele normal e (ou) exposta, deixando de lado as lesões labiais
provocadas por danos actínicos, como é o caso da QA. O objetivo deste trabalho é estudar o grau de displasia e o padrão
de organização das fibras colágenas e elásticas nas lesões de queilite actínica. Através das técnicas de rotina, Picrossirius
e orceína de Weigert foram estudados respectivamente, o grau de displasia e o padrão de organização das fibras colágenas
e elásticas dessa lesão. Dos aspectos clínicos, evidenciou-se uma maior freqüência das lesões de QA no sexo masculino,
e a faixa etária atingiu predominantemente a quinta década de vida. Histopatologicamente, seis casos exibiram displasia
discreta, quatro exibiram displasia moderada e três, displasia intensa. Na matriz extracelular, foi observada a ausência de
fibras colágenas nas áreas correspondentes à elastose solar. Nessas áreas, as fibras colágenas foram substituídas por fibras
elásticas, provavelmente dando origem ao acúmulo de material semelhante à elastina, característica das lesões de queilite
actínica. Tendo em vista que a matriz extracelular pode influenciar os processos de invasão e migração celulares, a
participação desses componentes torna-se importante, uma vez que a queilite actínica é passível de transformação
maligna.