doctoralThesis
Efeito da atorvastatina + aspirina versus placebo em pacientes com HIV em uso de antirretrovirais e com baixo risco cardiovascular na função endotelial e na inflamação: um ensaio clínico duplo cego e randomizado
Efeito da atorvastatina/AAS versus placebo em pacientes com HIV em uso de antirretrovirais e com baixo risco cardiovascular na função endotelial e na inflamação: um ensaio clínico duplo cego e randomizado
Autor
SANTOS JUNIOR, Gerson Gomes dos
Institución
Resumen
Pacientes com HIV têm maior predisposição a doenças cardiovasculares quando comparados com a população em geral. Escassos e conflitantes estudos têm avaliado o efeito das estatinas na função endotelial e na inflamação, nenhum com indivíduos de baixo risco. A utilização destes medicamentos em indivíduos com baixo risco cardiovascular não é uma realidade na prática clínica atual, porém pode ser uma oportunidade para possível uso em prevenção primária. Esta tese resultou em dois artigos originais, e teve como objetivos avaliar a eficácia da atorvastatina associada ao ácido acetilsalicílico (AAS) versus placebo em pacientes portadores de HIV em uso de antirretrovirais e com baixo risco cardiovascular em aumentar a dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA) e reduzir o espessamento da carótida, avaliados por ultrassom. Foram avaliados também o efeito sobre a inflamação, através da mensuração de marcadores inflamatórios IL-1 β, IL-6, ICAM-1, VCAM-1, IFN-γ, e PCR-us. Um ensaio clínico randomizado e duplo cego envolvendo 99 pacientes foi conduzida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco no período entre maio de 2014 a junho de 2017. Avaliou-se por 24 semanas o efeito da atorvastatina associada ao ácido acetilsalicílico na função endotelial e na inflamação em pacientes com HIV, em uso de antirretrovirais e baixo risco cardiovascular. Todos os pacientes apresentavam carga viral indetectável, e utilizavam esquemas com inibidores da transcriptase reversa nucleosídeo e não nucleosídeo. Alocou-se os sujeitos do estudo no grupo intervenção: atorvastatina 20mg ao dia associado com aspirina 100mg e comparou-se com os controles, que utilizaram placebo. A resposta endotelial foi avaliada pela dilatação da artéria braquial (DILA) e medida da camada íntima média da carótida (EMI) por ultrassom no momento 0, 12 e 24 semanas. CNPq Patients with HIV are more likely to present with cardiovascular disease when compared to the general population. The few, conflicting studies that exist have assessed the effect of statins on endothelial function and inflammation, although none on low-risk individuals. The use of these drugs in individuals with low cardiovascular risk is not a reality in current clinical practice, however there may be an opportunity for possible use in primary prevention. This thesis has resulted in two original articles, and aimed to assess the efficacy of atorvastatin associated with acetylsalicylic acid (ASA) versus placebo in patients with HIV on antiretroviral therapy and with low cardiovascular risk in increasing flow-mediated dilatation (FMD) of the brachial artery and to reduce carotid thickening, assessed by ultrasound. We also assessed the effect on inflammation by measuring the inflammatory markers IL-1 β, IL-6, ICAM-1, VCAM-1, IFN-γ, and us-PCR. A double-blind randomized clinical trial involving 99 patients was conducted at the Hospital das Clínicas at the Universidade Federal de Pernambuco between May 2014 and June 201. For a period of 24 weeks, we evaluated the effect of atorvastatin associated with acetylsalicylic acid on endothelial function and inflammation in 99 patients with HIV, on antiretroviral therapy and with low cardiovascular risk. All patients presented with an undetectable viral load, and were taking nucleoside and non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors. The study subjects were assigned to the intervention group: they took 20mg atorvastatin per day associated with 100mg aspirin, compared to the controls, who took placebo. The endothelial response was evaluated by flow-mediated dilation (FMD) of the brachial artery and the intima-media thickness (IMT) of the carotid was measured by ultrasound at 0, 12 and 24 weeks.