masterThesis
Atividade das metaloproteinases 2 e 9 e padrões de coloração tumoral pela fluoresceína sódica em cirurgias para gliomas encefálicos
Autor
BARBOSA, Ricardo Jorge Vasconcelos
Institución
Resumen
Astrocitomas malignos (AM) têm evolução devastadora. Cirurgia para retirada supra total ou completa é central no tratamento. O uso transoperatório da fluoresceína serve para aumentar a ressecção, criando um tom amarelo na neoplasia diferente do cérebro normal. Quebra da barreira hematoencefálica pode ser a causa da permanência desse corante no tumor, e alguns marcadores de invasividade e neoangiogênese, como as Metaloproteinases 2 e 9 (MMP-2 e 9), podem influenciar na efetividade da fluoresceína, características radiológicas e grau tumoral. Neste ensaio clínico buscou-se entender características radiológicas, moleculares e de coramento da fluoresceína nas cirurgias de AM. O uso da fluoresceína foi randomizado e as amostras de tecidos foram retiradas em quatro momentos da cirurgia (acopladas a uma fotografia): após a durotomia, ao encontrar a pseudocápsula, na retirada do core e após ressecção. Análise radiológica e histológica duplo cega foi feita e avaliação visual da imunohistoquímica (IHQ) para MMP-2 e 9. O coramento por fluoresceína foi medido com ImageJ e escala visual. Grau de ressecção avaliado pela comparação das ressonâncias/tomografias. 73 pacientes foram incluídos, mas 31 ficaram para análise. O volume médio dos tumores foi 36,31 cm e a média de necrose foi de 36,25%. 16 tumores eram em área eloquente/próxima. Houve 22 casos de AM de alto e baixo graus, 2 casos de metástase, 2 malignos inconclusivos (MI) 6 de gliose/benigno ou tecido normal e 1 astrocitoma grau I. 17 das 21 amostras da substância branca edemaciada, retiradas após o tumor, eram de AM, incluindo 8 graus IV. IHQ para MMP-2 e 9 nas áreas A1 (n=11) apresentaram na maioria intensidade fraca ou nula, com forte ou moderada quando as histologias foram graus III e MI. Nas lâminas com tumor grau IV (n=16) predominou o coramento forte para MMP-2 e fraco ou nulo para MMP-9. O gadolínio foi mais forte na área de pseudocápsula e a fluoresceína na pseudocápsula e core. Houve correlação entre o contraste na RM e o coramento pela fluoresceína, que também correspondeu às áreas de maior atividade das MMPs-2 e 9 e ao maior grau de malignidade. Um aplicativo de imagem pode complementar a utilidade da Fluoresceína. Malignant astrocitomas (MA) have devastating evolution. Supra total or complete removal is key in the treatment. Transoperative fluorescein is used to increase degree of removal, creating in the tumour a different intensity of yellow from normal brain. Disruption of blood-brain barrier is believed to be the cause of the stain permanence in the tumour, and some markers of invasiveness and neoangiogenesis, such as MMP-2 and MMP-9, may be implicated in the effectiveness of fluorescein and in lesions aggressiveness radiologic features. In this trial, an effort was made to understand radiologic, molecular characteristics of MA and fluorescein behaviour during surgeries. Fluorescein use was randomized and tissue samples were collected in four surgery times (connected to a Picture): after durotomy, when dissected pseudocapsule, during core removal and after resection. Double blinded histologic and radiologic analysis was done, besides visual evaluation of immunohistochemistry (IHC) for MMP-2 and 9. Fluorescein intensity was measured with ImageJ and visual scale. Degree of resection was achieved by comparing MRI/CT scans. 73 patients were initially included, but only 31 remained for analysis. Mean volume was 36,31 cm³ and mean necrosis percentage was 36,25%. 16 tumours were in eloquent/near area. There was no difference in degree of resection between groups. There were 22 cases of MA of high and low grades, 2 metastasis, 2 inconclusive malignant (IM), 6 gliose/benign or normal tissue and 1 grade I astrocytoma. 17 of the 21 samples of swollen white matter after tumour removal were of MA, including 8 grade IV histology. IHC for MMP-2 and 9 in A1 area (n=11) showed a majority weak or null intensity, with strong or moderate when histology was grade III or IM. Among grade IV samples (n=16), strong dye was noticed for MMP-2, while weak or null predominated for MMP-9. Gadolinium was stronger in the pseudocapsule and fluorescein in the pseudocapsule and core areas. There was correlation between MRI and fluorescein intensities, and they also related to areas of greater intensities of MMP-2 and MMP-9 and a higher degree of malignance. An image software may be useful to fluorescein use.