Dissertação de mestrado
Resposta comportamentiais do ouriço-do-mar preto a pistas químicas que indicam risco de predação
Fecha
2010-01-29Registro en:
MORISHITA, Vanessa Rimoli. Resposta comportamentiais do ouriço-do-mar preto a pistas químicas que indicam risco de predação. 2010. 26 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2010.
000610957
morishita_vr_me_botib.pdf
33004064012P8
Autor
Barreto, Rodrigo Egydio [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
Ouriços-do-mar são capazes de avaliar o ambiente externo a partir de pistas químicas, por meio de quimiorreceptores presentes em seus espinhos, pés ambulacrários e pedicelárias. Neste estudo, utilizamos pistas químicas que indicam potencialmente o risco de predação de maneira diretas (odor de predador) ou indiretas (odor de coespecífico injuriado fisicamente) para avaliar os padrões de resposta de Echinometra lucunter. Num primeiro experimento, avaliamos a respostas dos ouriços expostos ao odor de estrela-do-mar equinívora Oreaster reticulatus em 1) jejum, alimentada com 2) E. lucunter, 3) Lytechinus variegatus ou 4) Perna perna; estrela-do-mar não equinívora Echinaster brasiliensis alimentada com 5) P. perna ou expostos a 6) água do mar sintética não condicionada (veículo). Num segundo experimento, os ouriços foram expostos ao extrato de 1) E. lucunter, 2) L. variegatus, 3) P. perna e 4) veículo. Esses estudos mostraram que E. lucunter é capaz de identificar, distinguir e reagir a diferentes extratos de animais, coespecíficos ou não. A dieta do predador modula a intensidade de resposta do E. lucunter, sendo mais pronunciadas as respostas frente ao odor de estrela que se alimentou de presas coespecíficas. Para o extrato, identificamos as respostas aos extratos de equinóides, sendo a mais forte para os de E. lucunter. Visto que muitos vertebrados respondem a estímulos similares qualitativamente, especulamos que esse comportamento anti-predatório possa ter evoluído a partir dos Echinodermata, grupo basal dos deuterostômios Sea urchins are able to evaluate chemical information from the environment by using chemosensory receptors in their spines, tube feet and pedicellariae. In this study, we used chemical cues that potentially indicate directly (predator odor) or indirectly (injured conspecific) predation risk to assess antipredator behavior in the black sea urchin Echinometra lucunter. In a first experiment, the urchins were exposed to echinivorous starfish Oreaster reticulatus 1) starved, fed on 2) E. lucunter, 3) Lyfechinus variegatus or 4) Perna perna; nonechinivorous starfish 5) Echinaster brasiliensis fed on P. perna or exposed to 6) the vehicle, synthetic salt-water (control). In a second experiment, the urchins were exposed to extract of crushed 1) E. lucunter, 2) L. variegatus, 3) P. perna and 4) the vehicle (control). This study shows that E. lucunter are able to identity, distinguish and react to different animais extracts, conspecifics or not. Predator diet modulates E. lucunter intensity of behavioral responses. The response to echinivorous starfish odor fed on conspecifics is more pronounced. For the extract, urchins responded only to echinoids ones, and the response to extract of E. lucunter was the strongest. Speculatively, since vertebrates respond to qualitative similar stimuli, this kind of antipredator behavior might have evolved from the Echinodermata, a basal group of deuterostomes