Dissertação de mestrado
Uma Paris dos trópicos?: perspectivas da europeização do Rio de Janeiro na primeira metade do Oitocentos
Fecha
2011-12-12Registro en:
GAGLIARDO, Vinícius Cranek. Uma Paris dos trópicos?: perspectivas da europeização do Rio de Janeiro na primeira metade do Oitocentos. 2011. 146 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, 2011.
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gagliardo_vc_me_fran.pdf
33004072013P0
Autor
França, Jean Marcel Carvalho [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
Com o desembarque da corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, tornou-se necessário assegurar o funcionamento da monarquia lusitana em terras brasileiras. Constituir um novo império no Brasil significava dotar a cidade do Rio de Janeiro, escolhida como sede da monarquia, de contornos um pouco mais europeizados, tendo em vista a precariedade da urbe encontrada pela casa de Bragança. Durante a primeira metade do século XIX, entre as instituições fundadas no Rio de Janeiro com a finalidade de “civilizar” a cidade e seus habitantes, destacam-se a Intendência Geral de Polícia da Corte e a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, instituições cujos registros legaram a imagem de uma cidade cada vez mais civilizada. No entanto, esta perspectiva de um Rio de Janeiro em processo de modernização não foi a única construída pelos homens oitocentistas. Isso porque alguns viajantes estrangeiros, em suas narrativas de viagem, destacaram em detalhes a imagem de uma urbe de aspectos predominantemente coloniais e atrasados. Diante deste quadro, proponho analisar os discursos policial, médico-higiênico e dos viajantes estrangeiros com o objetivo principal de mapear a convivência de diferentes perspectivas da europeização do Rio de Janeiro construídas por aqueles que viveram ou passaram pela cidade durante a primeira metade do Oitocentos With the arrival of the Portuguese court in Rio de Janeiro, in 1808, it became necessary to ensure the functioning of the Lusitanian monarchy on Brazilian lands. To establish a new empire in Brazil meant to provide the city of Rio de Janeiro, chosen as the seat of the monarchy, the contours a little more Europeanized, in view of the precariousness of the town found by the house of Bragança. During the first half of the nineteenth century, among the institutions founded in Rio de Janeiro in order to “civilized” the city and its inhabitants, stand out the General Stewardship of the Court Police and the Medical Society of Rio de Janeiro, institutions whose records bequeathed the image of a city increasingly civilized. However, this perspective of a Rio de Janeiro in the process of modernization was not the only one built by the nineteenth-century men. This is because some foreign travelers, in their travel narratives, highlighted in details the image of a city with aspects predominantly colonial and backward. Given this situation, I propose to analyze the police, the medical-hygienic and the foreign travelers’ discourses with the principal objective of mapping the coexistence of different perspectives of the Europeanization of the Rio de Janeiro built by those who lived or passed through the city during the first half of the Eight hundred