O estudo analisa narrativas de jovens-alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), problematizando diferenças e desigualdades que perpassam a condição juvenil a partir da tríade: educação, trabalho e violência contra mulheres. Ancora-se as interlocuções dos referenciais sobre Educação Profissional e Tecnológica em articulação aos estudos sobre juventudes e gênero, permitindo compreender diferentes formas de ser e estar jovem que se visibilizam na contemporaneidade. O que implica assumir uma postura metodológica que possibilite reconhecer, a partir de suas próprias narrativas e experiências, diferentes condições que perpassam trajetórias e projetos de vida, bem como o contexto histórico no qual se constituem. Trata-se de um tema que assume relevância de estudo diante da necessidade de reconhecer quem são as(os) jovens-alunas(os) que invadem a cena escolar, especialmente se problematizarmos marcadores de gênero. Para tanto, a investigação assumiu como procedimentos metodológicos a pesquisadocumental em fontes primárias e secundárias, observações participantes e entrevistas semi-estruturadas com jovens-alunas. É possível inferir que se colocam em exercício investimentos institucionais na constituição de sujeitos-alunosimbricados a concepções das áreas de formação técnica em que se mostram presentes em relações desiguais de poder e se materializam em práticas de violência.