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AGEÍSMO E RELAÇÕES INTERGERACIONAIS EM UMA ORGANIZAÇÃO DO SETOR PÚBLICO
Autor
Fernandes Paiva, Nícolas Marques
Calíope Sobreira, Érica Maria
Batista de Lima, Tereza Cristina
Resumen
Ageísmo caracteriza-se por meio de estereótipos, preconceito, ou discriminação contra pessoas em virtude da idade. O estudo objetiva identificar percepções e atitudes de ageísmo em uma organização do setor público. Realizou-se uma pesquisa com 156 funcionários (docentes e técnicos administrativos) de uma Universidade Pública. Na análise dos dados, utilizaram-se técnicas de Análise Fatorial Exploratória, Análise de Cluster e Regressão Linear Múltipla. Foram identificados clusters de trabalhadores para a organização estudada. Identificou-se o maior nível em relação à pressão para demissão e/ou aposentadoria, além dos mais jovens, com renda mais elevada, estarem preocupados com as consequências inerentes a essa questão (cluster 1). Docentes com pouco tempo de serviço tendem a identificar comportamentos preconceituosos; técnicos administrativos são propensos a perceber atitudes discriminatórias de outras gerações (cluster 2). O terceiro grupo contou com mulheres (64%) em sua maioria, funcionários entre 36 e 46 anos, técnicos administrativos (69%) e aqueles que apresentavam um tempo de serviço entre sete e 15 anos (48%) (cluster 3). A propensão à inclusão de indivíduos de outras gerações e à valorização da comunicação pelos docentes com mais tempo de serviço foi marcante (cluster 4). Esta pesquisa empírica associa a temática com a noção de relações intergeracionais no local de trabalho, além de trazer a investigação para o contexto de organizações do setor público. A identificação de ageísmo pode aproximar indivíduos de diferentes gerações, propiciando relacionamento mais construtivo entre gerações, maior diversidade geracional e melhores resultados para organizações do setor público, como é o caso deste estudo.