Tesis
Poéticas de um ventre antropofágico : um olhar simbólico sobre a Dança Tribal Fusion
Fecha
2018-05-23Registro en:
PIFFER, Jamila Gontijo. Poéticas de um ventre antropofágico: um olhar simbólico sobre a Dança Tribal Fusion. 2018. 144 f., il. Dissertação (Mestrado em Arte)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Piffer, Jamila Gontijo
Institución
Resumen
Poéticas de um Ventre Antropofágico é uma pesquisa que investigou a corporalidade, o imaginário social e inventividade da Dança Tribal Fusion, que surgiu nos anos de 1990, nos Estados Unidos e cuja principal referência estética é a Dança do Ventre. O Ventre Antropofágico explorou os limites da hibridação do Tribal Fusion nas experimentações com intérpretes-criadoras no Laboratório de Processos Criativos realizado no Núcleo de Dança da Universidade de Brasília. As atividades e montagens em dança realizadas durante o Laboratório forneceram grande parte do corpus desta pesquisa teórico-prática que observou a experiência do sujeito dançante considerando que o imaginário social integra sua corporalidade. A pesquisadora adotou a perspectiva do pensamento simbólico do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, cuja teoria tem no símbolo um de seus conceitos fundamentais, para elaborar um olhar simbólico sobre as práticas do Tribal Fusion. O imaginário social na dança Tribal Fusion foi investigado por meio das declarações, narrativas e imagens compartilhadas por praticantes e estudiosos das danças de matriz pélvica — assim chamadas nesta pesquisa por se constituírem em uma modalidade de dança cujo núcleo de movimentos de quadril e pélvis as distinguem. Nesta modalidade estão incluídas a Dança do Ventre, o Tribal Fusion e suas subcategorias. As reflexões deste estudo se basearam nas pistas metodológicas da Sociologia do Imaginário, em diálogo com a abordagem da teórica Laurence Louppe sobre a dança contemporânea, privilegiando o lugar de fala do sujeito dançante para observar a potência estética do Tribal Fusion. Esta abordagem pretendeu problematizar os estigmas que acompanham historicamente as danças de matriz pélvica, em particular os estereótipos ligados à imagem da mulher e do uso da dança como um instrumento de reificação do corpo de quem dança.