Tesis
Ética como estética da existência : morte do homem e ontologia de nós mesmos no pensamento de Foucault
Fecha
2017-08-07Registro en:
CASSIANO, Jefferson Martins. Ética como estética da existência: morte do homem e ontologia de nós mesmos no pensamento de Foucault. 2017. 209 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Cassiano, Jefferson Martins
Institución
Resumen
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar em que medida e por quais razões o pensamento de Michel Foucault pode conceber a ética como estética da existência. Trata-se de investigar como Foucault articula a relação entre sujeito e ética ao longo de seu percurso filosófico. Para tanto, o aspecto que motiva esta hipótese é dada pelo próprio autor ao afirmar que não é pela preocupação moral que o homem procura formar um saber sobre si mesmo; ao invés, é a partir de um discurso de saber sobre o homem que se produz as práticas modernas relacionadas à moral. Pela ética da problematização propõe-se examinar como a relação entre o discurso antropocêntrico e as tecnologias de poder disciplinar funciona. Como resultado, o procedimento adotado por Foucault revela que a experiência do sujeito moderno está contida na condição de ser obediente. Com a incursão das pesquisas de Foucault na história da subjetividade da antiguidade greco-latina, uma nova reflexão sobre a relação entre sujeito e ética orienta o interesse do autor. A relação de si mesmo define a ética a qual se vincula a estética da existência. Nesse sentido, a estética da existência diz respeito à autoconstituição do sujeito moral pela transformação da experiência de si mesmo (soi). Embora se trate de um fenômeno cultural histórico da antiguidade greco-latina, a estética da existência apresenta critérios que possibilitam sua compatibilidade com uma reflexão acerca dos modos de ser de uma ontologia histórico-crítica de nós mesmos. A proposta de uma ética da problematização prepara o pensamento de Foucault para a ética como estética da existência na medida em que contribui para esclarecer a ética como uma prática. Logo, com a ontologia histórico-crítica de nós mesmos se viabiliza a transformação da atitude como possibilidade para refletir acerca do que acontece com quem é o homem da atualidade.