Tesis
Direito à literatura como direito humano : a literatura de ficção científica de autoria de mulheres em uma perspectiva de educação em direitos humanos
Fecha
2020-03-30Registro en:
MIRANDA, Risla Lopes. Direito à literatura como direito humano: a literatura de ficção científica de autoria de mulheres em uma perspectiva de educação em direitos humanos. 2019. 115 f., il. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos e Cidadania)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Miranda, Risla Lopes
Institución
Resumen
Esta dissertação vincula-se à Linha de Pesquisa de Educação em Direitos Humanos e Cultura
de Paz, do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de
Brasília. A pesquisa teve como objetivo geral compreender, a partir das narrativas das autoras
de ficção científica a relação entre o direito à literatura, a educação em direitos humanos e a
representação e representatividade nos seus livros e na literatura. Como objetivos específicos
foram definidos: discutir a literatura como direito à narrativa e como direito humano; evidenciar
de que forma as relações de poder e as questões de gênero são tratadas na literatura de ficção
científica; e analisar a representatividade e a representação de mulheres na literatura de ficção
científica como direito humano, a partir das narrativas de escritoras contemporâneas brasileiras.
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que utilizou como instrumento de geração
de dados entrevistas narrativas com duas escritoras de literatura de ficção científica, Lina e
Júlia. Para escolha das participantes da pesquisa, foram utilizados critérios relacionados à
visibilidade que elas possuem no campo, disponibilidade de encontro entre a entrevistadora e a
escritora e que tenham livros publicados. A análise dos dados foi realizada a partir das
orientações relativas à análise de conteúdo de Bardin (2009; 2016). Os dados evidenciaram que
o direito à literatura é fundamental para uma vida digna e permite visibilizar e questionar a
estrutura de sistemas de opressão e de marginalização impostos às mulheres. Como resultados
identificamos que o direito à literatura é possibilitado e materializado através do direito à
narrativa, à memória e à representação e à representatividade.