Tesis
Ação quimiopreventiva do Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de criptas aberrantes no cólon de ratos tratados com azoximetano
Fecha
2018-01-22Registro en:
CAMPOS, Natália Aboudib. Ação quimiopreventiva do Tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de criptas aberrantes no cólon de ratos tratados com azoximetano. 2017. 135 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Campos, Natália Aboudib
Institución
Resumen
Introdução: o câncer de cólon é o segundo e terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e homens, respectivamenteAs respostas oxidativas e inflamatórias desempenham um papel importante no desenvolvimento e na prevenção do câncer, sendo essas respostas passiveis de modulação por compostos fitoquímicos presentes na alimentação. O tucum-do-cerrado, um fruto encontrado no cerrado brasileiro e rico em fitoquímicos, apresenta um alto potencial antioxidante in vivo em ratos, e in vitro. O presente estudo investigou o efeito quimiopreventivo do tucum-do-cerrado (Bactris setosa Mart.) no desenvolvimento de focos de criptas aberrantes (FCA), em ratos induzidos ao câncer de cólon com azoximetano (AOM). Métodos: Ratos Wistar (n = 28) foram tratados durante 12 semanas com uma das seguintes dietas: dieta controle (CT); dieta controle + injeção de AOM (CT/DR); dieta controle + 15% de tucum-do-cerrado (TU); dieta controle + 15% de tucum-do-cerrado + injeção de AOM (TU/DR). Após a eutanásia, foi realizada a contagem de focos de criptas aberrantes no cólon e os níveis de mRNA de interleucina 1-beta (Il1b), interleucina-6 (Il6), fator de necrose tumoral-alfa (Tnfa), cicloxigenase-2 (Cox2), proteína X associada a bcl-2 (Bax), proteína linfoma de células B 2 (Bcl2) foram determinados no cólon; os níveis de proteína da COX-2, BAX, Bcl-2, razão Bcl2/BAX, IL-6, IL-1β e TNF-α foram determinados no cólon; marcadores de estresse oxidatido (malonaldeído e carbonil) e a atividade de enzimas antioxidantes (catalase, glutationa peroxidase, glutationa redutase, glutationa_S-transferase, superóxido dismutase) foram determinados no fígado e cólon. Resultados: a associação do tucum-do-cerrado com a injeção de AOM (TU/DR) aumentou a atividade hepática de glutationa-S-transferase; diminuiu os níveis de MDA no cólon e no fígado; aumentou os níveis dos biomarcadores pro-inflamatórios COX2 e TNFα no cólon e sangue, respectivamente; e os níveis da proteína pró-apoptótica BAX e a razão Bcl-2/Bax no cólon, em relação ao grupo CT/DR. Conclusão: o presente estudo mostrou que o consumo de tucum-do-cerrado diminuiu o dano oxidativo a lipídeos, induziu um efeito pró-inflamatório e promoveu um "ambiente" pró-apoptótico em ratos tratados com AOM, porém não foram observados alterações na contagem de criptas aberrantes entre os grupos tratados com AOM.