Tesis
Estabilidade bancária e risco sistêmico : estudos empíricos no cenário internacional no período de 2000 a 2016
Registro en:
SOUZA, João Gabriel de Moraes. Estabilidade bancária e risco sistêmico : estudos empíricos no cenário internacional no período de 2000 a 2016. 2020. 121 f., il. Tese (Doutorado em Administração)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Souza, João Gabriel de Moraes
Institución
Resumen
Esta Tese trata sobre a importância da estabilidade bancária e da avaliação do risco sistêmico na economia. O objetivo é estudar as relações entre instabilidade bancária e prêmio de risco, a interconexão entre os bancos de forma sistêmica e as principais
causas da instabilidade bancária, com foco na estrutura do mercado bancário. A peça é composta por dois estudos, cuja metodologia abrange o Modelo de Dados em Painel, o Modelo de Fama e Macbeth, o Modelo Econométrico de Vetor Auto-egressivo (VAR), o Modelo Vetor de Correção de Erros (VECM) e o Modelo Generalizado dos Momentos (GMM). Um painel com dados trimestrais de 2.325 bancos listados em bolsa em 92 países compõem a base de dados. A contribuição desta pesquisa é
acrescentar, aos estudos sobre estabilidade bancária, as relações entre o risco, uma maior exposição ao risco e o efeito contágio oriundo desse mecanismo, bem como as relações de competitividade, concentração e percepção à probabilidade injeção
de liquidez e seus impactos na estabilidade dos bancos e do sistema financeiro. Os resultados indicam que a maior probabilidade de default está correlacionada com menor prêmio de risco. O risco de default apresenta uma relação direta e positiva com maior contração de empréstimos de provisão duvidosa. Os resultados apontam ainda um certo efeito de contágio entre as regiões econômicas. Indicam que os mercados competitivos tendem, em parte, à estabilidade bancária, a partir da teoria da Competição e Estabilidade. Como desdobramento, observou-se também que a curva de poder de mercado tem formato em U. Outro resultado revela que, em mercados mais concentrados, as instituições financeiras são mais sólidas, com base na abordagem da Competição e Fragilidade. Como última contribuição, nota-se que a percepção à probabilidade de injeção de liquidez aumenta as instabilidades bancárias em determinadas regiões. Assim, esta tese, ao se somar às pesquisas empíricas ligadas à teoria da competitividade bancária, auxilia os responsáveis pelas políticas públicas em suas tomadas de decisão.