Tesis
Determinantes motores da capacidade de caminhar em pessoas com esclerose múltipla
Fecha
2021-04-06Registro en:
FERREIRA, Cintia Ramari. Determinantes motores da capacidade de caminhar em pessoas com esclerose múltipla. 2020. xiv, 123 f., il. Tese (Doutorado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Ferreira, Cintia Ramari
Institución
Resumen
Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa, inflamatória, crônica
e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC), e é considerada a causa principal de
incapacidades em jovens adultos. As disfunções no caminhar se manifestam já no início da EM
e independentemente do nível de incapacidade clínica, a capacidade de caminhar é considerada
uma das funções corporais mais importantes. Além das alterações no SNC, o comprometimento
de potenciais determinantes motores como da força e potência muscular, do equilíbrio estático
e dinâmico e do controle motor da marcha pode contribuir para a piora na capacidade de
caminhar de pessoas com EM.
Objetivos: O objetivo geral deste trabalho foi quantificar déficits na capacidade de caminhar
de pessoas com EM comparado à indivíduos saudáveis sem o diagnóstico da doença e
identificar os determinantes motores e a contribuição destes para o desempenho no caminhar
de pessoas com EM.
Métodos: foram realizados cinco estudos a fim de responder à pergunta de pesquisa: 1) revisão
sistemática sobre a contribuição da força de membros inferiores para a capacidade funcional de
pessoas com EM; 2) caracterização da capacidade de caminhar, equilíbrio estático e força
muscular de mulheres com EM e contribuição da força e equilíbrio para a fadigabilidade
relacionada ao caminhar; 3) identificação das disfunções relacionadas à EM como a diminuição
da mobilidade, da capacidade de caminhar e de funções cognitivas e comparação entre pessoas
fadigáveis e não fadigáveis com EM; 4) caracterização dos déficits na potência e força de
membros inferiores e da capacidade de caminhar em pessoas com EM comparadas à indivíduos
controle saudáveis e investigação sobre o decréscimo na potência e força muscular induzido
pela caminhada intermitente de longa duração; 5) investigação sobre os efeitos de um protocolo
intermitente de caminhada de 12 minutos nos parâmetros espaço-temporais da marcha, na
fadigabilidade motora relacionada ao caminhar e no estado de fadiga percebido de pessoas com
EM comparados à indivíduos controle saudáveis.
Considerações finais: Foram encontrados déficits na capacidade de caminhar de pessoas com
EM que variaram de 15% a 35% comparados à indivíduos controle. Aproximadamente 35%
das pessoas com EM manifestaram fadigabilidade motora relacionada ao caminhar. O
comprometimento dos determinantes motores de força e potência dos músculos dos membros
inferios, equilíbrio semiestático e alterações nos padrões da marcha, contribuem de forma
significativa para a diminuição na capacidade de caminhar de pessoas com EM.