Tesis
As identidades de docentes de língua materna e suas práticas de letramentos na educação inclusiva : vozes dissonantes
Fecha
2019-06-17Registro en:
RAMOS, Camila Moreira. As identidades de docentes de língua materna e suas práticas de letramentos na educação inclusiva: vozes dissonante. 242 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Ramos, Camila Moreira
Institución
Resumen
Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa que teve como objetivo investigar as
representações identitárias de docentes de língua materna que trabalham com alunos com
deficiência incluídos no Ensino Médio regular, baseada na Análise de Discurso Crítica. Para
este estudo, utilizamos uma pesquisa etnográfica-discursiva para a geração e coleta dos dados.
Como métodos, selecionamos: a observação participante, notas de campo e entrevistas
semiestruturadas. Os dados foram coletados no Centro Educacional do Lago Sul, escola pública
do Distrito Federal, durante o segundo semestre de 2017 e o primeiro semestre de 2018.
Justificamos esta dissertação pela necessidade de conhecer e reconhecer a realidade linguística
representada pelos/nos discursos de professores de língua materna e as relações de poder que a
permeiam. Com esse propósito, apropriamo-nos do arcabouço teórico-metodológico da Análise
de Discurso Crítica, bem como de teorias que permitem uma sólida Análise de Discurso
Textualmente Orientada: a Linguística Sistêmico-Funcional, a Teoria da Representação dos
Atores Sociais e o Sistema da Avaliatividade. Basicamente, podemos definir as representações
identitárias neste estudo como as diversas formas como as docentes se autorrepresentaram como
atores sociais e como representaram os alunos. Com essa percepção, apresentamos essas
representações e como as práticas de letramentos que as professoras privilegiam em sala de aula
contribuem para a (re) construção de suas identidades. Os resultados a que chegamos foi que o
discurso vocacional da docência permeia ainda o discurso das professoras e pode ser perpetuado
pelas práticas de letramentos autônomos predominantemente, constituindo as formas de serem
desses atores sociais. Dessa forma, esperamos disponibilizar a docentes, especialmente aos
linguistas, nossa reflexão sobre a importância de uma pedagogia crítica que, por si só, nos
parece mais inclusiva que qualquer projeto governamental.