Tesis
Políticas afirmativas na pós-graduação da FACE : um estudo das representações sociais
Fecha
2020-07-03Registro en:
COELHO, Selma Monteiro. Políticas afirmativas na pós-graduação da FACE: um estudo das representações sociais. 2020. 101 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Coelho, Selma Monteiro
Institución
Resumen
Essa pesquisa pretendeu levantar e descrever a representatividade dos egressos cotistas negros
dos cursos de graduação da Universidade de Brasília (UnB), de modo específico da Faculdade
de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE), analisar o
cenário acadêmico superior atual e, apresentar a percepção dos gestores de cursos de pós-
graduação stricto sensu da FACE sobre políticas de ações afirmativas. Para o desenvolvimento
da pesquisa, utilizou-se a técnica de triangulação de dados, com combinação de três métodos
distintos de coleta: documental, quantitativo e qualitativo. Os dados coletados revelam que
apenas 17,8% dos programas de pós-graduação ativos na UnB, em 2019, ofertavam vagas de
ações afirmativas. Que há pouco conhecimento relativo a políticas de ação afirmativa, por parte
dos coordenadores de cursos de pós-graduação. Que falta um incentivo maior das instâncias
superiores como a CAPES e o DPG, e que há fatores relativos à dificuldade de adequação de
edital e de processo seletivo. 90% dos egressos cotistas da FACE sugerem que pode haver
barreiras para seleção e ingresso em uma pós-graduação, em razão de exigência de muitos
requisitos, por barreiras de classe, por falta de bolsas, por poder haver racismo nas bancas de
seleção, sempre representadas por tradicionais professores brancos, além de outros fatores. No
entanto, 60% dos respondentes afirmam que, se a pós-graduação da área de interesse
oferecesse vagas de ações afirmativas, tentariam o ingresso. Conclui-se, que há demandantes,
no entanto, a política de ação afirmativa ainda é pouco acatada pelos programas. Ressalta-se,
portanto, a importância de um maior incentivo por parte do Decanato superior e da CAPES, a
necessidade de uma ampla discussão acerca de tais políticas na UnB, e sua implementação nos
cursos de pós-graduação da FACE e nos demais cursos de pós da instituição, que ainda não
aderiram à política, como incentivo e como forma de encorajar e atrair os demandantes dessas
políticas, egressos de cursos de graduação da UnB ou de outras instituições, interessados nessa
modalidade educacional.