Tesis
Eficiência do setor bancário brasileiro : modelo DEA dois estágios com regressão truncada bootstrapped
Fecha
2019-07-31Registro en:
HENRIQUES, Iago Cotrim. Eficiência do setor bancário brasileiro: modelo DEA dois estágios com regressão truncada bootstrapped. 2019. xxiv, 172 f., il. Dissertação (Mestrado em Administração)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Henriques, Iago Cotrim
Institución
Resumen
Tendo em vista a importância e a complexidade do setor bancário, esse setor tem sido foco de
muitos estudos de eficiência. Nesse sentido, dentre as técnicas existentes para mensuração do
desempenho, a Análise Envoltória de Dados (DEA) tem se destacado por necessitar de poucas
informações prévias e a possibilidade de lidar com processos produtivos complexos, como é o
caso do setor bancário. Entretanto, os modelos Data Envelopment Analisys (DEA) tradicionais
são frequentemente criticados por não reconhecerem que fatores ambientais, exógenos, podem
influenciar os índices de eficiência. Diante desse contexto, os modelos dois estágios externos
têm ganhado notoriedade por justamente possibilitar superar tais limitações. O presente estudo
utilizou um modelo dois estágios DEA com regressão truncada bootstrapped com o objetivo de
mensurar a eficiência do setor bancário brasileiro no ano de 2018, considerando tanto a abordagem
de intermediação quanto a de produção na seleção das variáveis. Além disso, buscou-se
verificar se variáveis não discricionárias como o controle estatal, o fato de ser estrangeiro, risco
de crédito, capitalização e lucratividade impactam na eficiência dos bancos, tanto em seu papel
de intermediador financeiro, quanto na função de ofertar serviços aos clientes. Cinco amostras
foram utilizadas, em que o maior valor de eficiência média no modelo de intermediação foi
62,13% na Eficiência Puramente Técnica (EPT) e 46,75% na Eficiência Técnica (ET), enquanto
que o maior valor médio da eficiência livre de viés foi de 45,20% e 36,49%, respectivamente.
Para o modelo de produção, o maior valor da eficiência média foi de 79,94% em EPT e 67,41%
em ET, ao passo que após a correção de viés essa eficiência foi de 66,53% e 57,46%, respectivamente.
As hipóteses em relação a lucratividade e capitalização foram confirmadas, enquanto
que para a variável controle estatal o impacto se alterou de acordo com o escopo considerado,
confirmando a hipótese no que tange ao modelo de produção e rejeitando para o modelo de intermediação.
O controle estrangeiro apresentou relação negativa com a eficiência, indicando a
rejeição da hipótese, e a variável risco de crédito não foi significativa no modelo de produção e
teve, em sua maioria, relação positiva com a eficiência no modelo de intermediação, sugerindo
também a rejeição da hipótese proposta. Implicações dos resultados foram discutidas e medidas
para impulsionar a eficiência do setor foram indicadas.