dc.description.abstract | A lentilha (Lens culinaris Medik; família Fabaceae) é uma leguminosa
importante no cenário agrícola mundial, estando entre as principais culturas do grupo “pulses”.
A lentilha é uma importante fonte alimentar, rica em proteínas, carboidratos, micronutrientes e
vitaminas. No Brasil, a lentilha é muito apreciada por uma parte da população na forma de sopas,
saladas, brotos, petiscos e na mistura com arroz e pão. O consumo interno de lentilhas é suprido
por importações, com valores anuais da ordem de US$ 13,3 milhões. O mercado interno tende
a se expandir devido à demanda por lentilhas e outras leguminosas de grãos secos por países
emergentes como a Índia. Além disso, a constante associação das lentilhas com uma série de
atributos de alta qualidade alimentar pode contribuir para a expansão interna do consumo. A
região do Brasil Central apresenta excelentes condições para o cultivo de leguminosas, inclusive
lentilhas. No entanto, poucos e consistentes estudos de melhoramento genético da espécie
foram realizados no Brasil. Assim, para impulsionar as pesquisas com esta cultura, o presente
trabalho teve como objetivo avaliar as características morfoagronômicas e nutricionais, bem
como a resistência a doenças em 48 acessos de lentilhas do International Center for Agricultural
Research in Dry Areas e na cultivar comercial ‘Silvina’ a partir de experimentos realizados na
Embrapa Hortaliças no Distrito Federal. A caracterização dos aspectos morfoagronômicos foi
estudada em experimentos de campo, em delineamento de blocos casualizados, com duas
repetições em 2017 e três repetições em 2018, ambas com 200 plantas por parcela. Foram
utilizados 21 descritores morfoagronômicos (nove qualitativos e 12 quantitativos) que
evidenciaram a existência de variabilidade genética entre os genótipos estudados. A composição
centesimal e mineral também foi estudada de acordo com a Association of Official Analytical
Chemists em experimento realizado no laboratório de nutrição de solos e plantas e no laboratório
de ciência e tecnologia de alimentos. Variações foram observadas para os teores de proteína
(20,79-34,68%), carboidratos (7,33-8,19 g / 100 g), gordura (0,04-1,99 g / 100 g), umidade (6,66-
12,24%) e cinzas (0,97-1,11%), sendo o teor de gordura o componente com maiores variações
entre os acessos. Para minerais, houve variações (mg / 100 g) para P (298,66–575), K (655,04–
1068,37), Mg (83,09–99,76), S (135,90–231,56), Ca (50,53–119,03), Zn (4,51– 7,59), Fe (3,26–
10,79), Mn (1,44–3,76), B (0,34–1,90), Mo (0,19–0,67) e Cu (0,17–0,82), com B e Mn sendo os
micronutrientes mais variáveis entre os acessos de lentilha. Resistência ao fungo Fusarium
oxysporum f. sp. lentis em experimento realizado no laboratório de melhoramento genético. Para
tanto, os marcadores moleculares RAPD OPK-15900 e o microssatélite SSR 59-2 ligados ao
locus Fw foram utilizados em ensaios de PCR. A resistência ou suscetibilidade foi corroborada
pela visualização dos amplicons de DNA correspondentes em um gel de agarose. Vinte e três
acessos de lentilha apresentaram padrões eletroforéticos que os caracterizam como resistentes;
13 linhagens endogâmicas e a cultivar ‘Silvina’ exibiram padrões eletroforéticos associados à
suscetibilidade. Portanto, foi possível identificar no presente trabalho genitores potenciais para
serem usados em programas de melhoramento genético de lentilhas para condições brasileiras,
incluindo fontes de resistência preemptiva a F. oxysporum f. sp. lentis | |
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