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A ARTE E A ARQUITETURA NAS RUÍNAS JESUÍTICAS COMO PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO: A APROPRIAÇÃO DESTES ESPAÇOS DE MEMÓRIA E IDENTIDADE NO DISCURSO NACIONALISTA DO BRASIL
Fecha
2019-03-11Autor
de Souza, Fábio Rodrigo
Resumen
O presente trabalho busca analisar a construção da identidade nacional no Brasil pela via da
arte e do discurso patrimonialista durante o período em que o nacionalismo emerge no país,
tendo como recorte temporal o início do século XX, particularmente o período do Estado Novo.
Por meio de pesquisa exploratória que lançou mão de historiografia da arte, análises de
documentação oficial, e alguns elementos da arte e arquitetura nas ruínas das missões
jesuíticas, se pretendeu nesta pesquisa conhecer como (e se) a identidade nacional foi (é)
formada. Amparada em bibliografias de diferentes disciplinas, a pesquisa foi conduzida pela
hipótese do uso da memória oficial embasada no mito de origem/mito fundador, na construção
de um imaginário social artificial, de comunidade imaginada, na patrimonialização de uma
memória, da cultura e numa possível história compartilhada tendo como elo as identidades
indígena e missioneira, mais propriamente aquelas relacionadas aos povos indígenas que
foram reduzidos nos aldeamentos jesuíticos que ocorreram também no território sul americano.
Ainda se quer saber se existe arte, arquitetura e culturas híbridas resultantes desse processo
e se foi incorporado no discurso nacionalista. Espera-se, ao fim, obter dados que possam
contribuir para uma análise do processo discursivo dessa construção ideológica e política da
ideia de identidade nacional a partir da memória que se constrói nesses lugares oficiais de
memória coletiva.