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Os limites da teoria geral de Keynes ao entendimento da realidade da periferia: uma discussão a partir da obra de Celso Furtado
Fecha
2015-05Registro en:
ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA E POLÍTICA, 20, 2015, Foz do Iguaçu - PR. Caderno de Resumos... Foz do Iguaçu: SEP, 2015
ISSN 2177-8345
Autor
Oliveira, Melissa Ronconi de
Silva, Flávia Ferreira da
Resumen
Furtado é referência no pensar a realidade da América Latina.
Consciente das especifi cidades nacionais se insere no grupo de
economistas responsáveis por elaborar um pensamento autônomo em
relação ao centro. Assim como os demais cepalinos de sua geração,
parte de uma análise heterodoxa, crítico à abstração dos modelos
clássicos. Keynes é um autor central para a análise de Furtado, sendo,
porém, insufi ciente para a análise da realidade latino-americana. O
objetivo deste artigo é mostrar as limitações do pensamento keynesiano
– tomando por base sua Teoria Geral – e levantar as demais referências
que Furtado usou em suas obras, assim como apresentar os pontos que
Keynes deixa de analisar e que são essenciais para um entendimento
completo da problemática do desenvolvimento. A hipótese deste
artigo é de que a Teoria Geral é uma obra essencial para a ciência
econômica, mas refl ete a sua época e a realidade vivida por seu autor.
Não é possível entender a complexa realidade da periferia e suas
relações com a economia mundial apenas com os questionamentos
apresentados por Keynes, assim como também não é possível aos police
markers da periferia usarem somente a Teoria Geral para guiar suas
ações. Foi para Furtado e os cepalinos - e continua sendo - necessário
um esforço autônomo de pensamento por parte dos economistas dos
países subdesenvolvidos