conferenceObject
A penalização do aborto como prática de biopoder sobre a vida das mulheres negras e pobres
Fecha
2017-10Registro en:
2594-9292
v. 1, n. 1, 2017
Autor
Florêncio, Jéssica Girão
Resumen
A penalização do aborto ainda é realidade em muitos países latino-
americanos, mesmo que essa normativa não faça com que as mulheres da região
deixem de realizar a prática. Como é uma atividade ilegal, muitas mulheres,
principalmente as negras e pobres, realizam a operação em condições inadequadas
de higiene e materiais. Neste sentido, a imposição da penalização do aborto é uma
violência contra a vida das mulheres. Assim, este artigo se preocupa em evidenciar
a penalização do aborto enquanto biopolítica que afeta de maneira mais acentuada
a vida das mulheres negras e pobres. Para tanto, em um primeiro momento se
discute o conceito de biopoder a partir de Foucault e dos contemporâneos Paul
Rabinow e Nikolas Rose; posteriormente se pretende contextualizar a natureza de
colonialidade do Estado-nação frente a questões de gênero; e por último se
evidencia a importância do recorte de gênero, raça e classe para a questão da
biopolítica e da manutenção do padrão de poder colonial, e de que forma a mulher
negra e pobre é mais vulnerável à penalização do aborto. La penalización del aborto aún es realidad en muchos países latinoamericanos, aunque esta normativa no haga que las mujeres de la región dejen de realizar la práctica. Como es una actividad ilegal, muchas mujeres, principalmente las negras y pobres, realizan la operación en condiciones inadecuadas de higiene y materiales. En ese sentido, la imposición de la penalización del aborto es una violencia contra la vida de las mujeres. Así, este artículo se preocupa en evidenciar la penalización del aborto como biopolítica que afecta de manera más acentuada a la vida de las mujeres negras y pobres. Para ello, en un primer momento se discute el concepto de biopoder a partir de Foucault y de los contemporáneos Paul Rabinow y Nikolas Rose; posteriormente se pretende contextualizar la naturaleza de colonialidad del Estado-nación frente a cuestiones de género; y por último se evidencia la importancia del recorte de género, raza y clase para la cuestión de la biopolítica y del mantenimiento del patrón de poder colonial, y de qué forma la mujer negra y pobre es más vulnerable a la penalización del aborto