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Raça e Colonialidade do Ser a Descolonização Epistêmica
Fecha
2014-11-07Autor
Carvalho, Juliéverson Messias de
Barros II, João Roberto de
Resumen
O presente trabalho resulta do projeto, “HABEMUS PAPAM gubernamentalidad y poder
pastoral en Michel Foucault”, cujo objetivo principal consistiu em analisar, a partir de encontros do
grupo de estudos: pastorado cristão e subjetividade sujeitada em Michel Foucaut, o surgimento do que
este autor denominou como “disciplinas” nas ordens monásticas e religiosas da Igreja Católica. Nos
encontros, buscamos compreender as principais características do que Foucaut intitulou como “Poder
pastoral”, comparandoo com o “Poder Disciplinar”, na modernidade. Desta proposta central,
desenvolvemos o plano de trabalho, “Raça e Colonialidade do Ser a Descolonização Epistêmica”. O
trabalho buscou delimitar a importância da ideia de raça na Descolonização epistêmica e como ela é
apresentada na obra de Frantz Fanon. Buscamos também compreender, em Aníbal Quijano e Walter
Mignolo, como a formação de uma subjetividade sujeitada dos povos colonizados da América Latina
passa pela fundamentação epistêmica de tal ideia de raça. Com isso, atendemos aos objetivos da
pesquisa que buscou: compreender o “póscolonialismo” e o pensamento descolonial epistêmico;
estabelecer uma aproximação aos trabalhos e discussões do Grupo Modernidade/Colonialidade
(M/C); compreender a importância da ideia de raça na descolonização epistêmica. A metodologia de
trabalho foi conduzida segundo o modelo genealogia nietzschiana e consistiu em análise de fontes
bibliográficas pertinentes ao tema proposto, além de redação quinzenais de resenhas das mesmas. A
medotologia, buscou pôr â prova e avaliar os processos de emergência dos enunciados e regimes de
verdade das práticas problematizadas. A partir das discussões levantadas, foi possível perceber o
quanto a história do continente esta fortemente marcada por contextos de discriminação e racismo
contra os povos subalternizados. O pensamento descolonial exige, antes de tudo, um esforço de
descontrução, desnaturalização do caráter universal que pressupõe a história da humanidade como
linear, universal e sempre direcionada para o progresso. Foram produzidos, ao final da pesquisa, dois
artigos, sendo que, os primeiros resultados desta fora apresentado em um evento cientifico, com ótima
recepção pela comunidade acadêmica.